Mulher teria sido expulsa para ministro poder embarcar em voo; aérea justifica com resposta estranha

Uma passageira na Ethiopian Airlines foi supostamente forçada a desembarcar de um voo para dar lugar a um ministro, num incidente que está causando indignação online. A mulher, que protestou veementemente contra a decisão da companhia aérea, acabou sendo retirada do voo com destino a Nairóbi, no Quênia, por volta das 23:30h.

No vídeo, que circulou amplamente nas redes sociais, a mulher pode ser vista discutindo com a tripulação do avião, que não parece interessada em acomodá-la.

Como informa a imprensa internacional, durante o protesto, a passageira insiste que todos são contribuintes e, portanto, ela deveria poder ficar no seu lugar. No entanto, segundo o usuário que postou o vídeo, a companhia aérea manteve a decisão e o ministro não fez qualquer esforço para amenizar a situação.

O incidente provocou reações fortes de outros usuários, com alguns até mesmo pedindo um boicote à companhia aérea. Em resposta à polêmica, a Ethiopian Airlines divulgou uma declaração em que alega que o incidente foi resultado de um mal-entendido entre os passageiros que aguardavam em stand-by (uma espécie de espera), que acreditavam que os seus lugares foram realocados a um VIP (no caso, o ministro).

Resposta sem sentido

A companhia aérea ressaltou que esta foi uma situação de overbooking (quando a empresa vende mais assentos do que o avião possui, prevendo que alguns passageiros não vão aparecer para o voo) e que a verdade completa não foi revelada. Lembrando que o overbooking é uma prática ilegal em muitos lugares, inclusive no Brasil.

A Ethiopian Airlines culpou os passageiros em stand-by, alegando que, minutos antes do horário programado para a partida do voo, foi-lhes dito que o voo estava cheio e que eles seriam colocados no próximo voo. No entanto, ignoraram o conselho e tentaram embarcar no avião, contornando o pessoal de segurança.

A resposta da empresa aérea parece fazer pouco sentido, já que em casos de overbooking, os passageiros que não vão embarcar geralmente nem chegam ao avião, mas são filtrados antes, no check-in ou no portão de embarque. De toda a forma, mais informações são necessárias para que se chegue a uma conclusão.

No entanto, a companhia aérea não comentou sobre a presença do ministro a bordo, um ponto que foi amplamente discutido pelos usuários online. O homem que filmou e postou o incidente na internet, ao comentar a resposta oficial da companhia aérea, disse: “A Ethiopian Airlines responde ao vídeo, alegando houve um “mal-entendido” sobre um ministro ocupar o lugar da jovem”.

Fonte: Aeroin