A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, esclarece que não há registros de aumento significativo de casos de Covid-19 no estado. Atualmente, são 1.055 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por Covid-19, com 268 óbitos pela doença.
Nesta sexta-feira (18/08), foi noticiado que o município de Avelinópolis, na região central, registrou maior número de casos, o que motivou a suspensão das aulas em uma escola da cidade.
ESTABILIZAÇÃO
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, explica, contudo, que há hoje uma estabilização da doença em Goiás e que, por isso, não existe a necessidade de adoção de novos protocolos sanitários.
“Não temos uma situação de emergência em saúde pública decretada, nem mesmo cenário epidemiológico hoje que justifique adoção de recomendações diferentes das que já são feitas. Pode haver o aumento de casos pontuais, ocorrências de surtos, mas temos medidas que podem ser adotadas para fazer o controle dessas situações de acordo com a situação encontrada”, diz.
Ainda segundo a superintendente, a pandemia nos deixou alguns aprendizados. Um deles, segundo ela, é que mesmo em situação de emergência por doenças infecciosas as escolas deverão ser as últimas a serem fechadas e a primeiras a serem reabertas.
Isso acontece, destaca Flúvia, porque há outros locais e situações de maior risco de transmissão do que escola e a depender da situação, estar na escola pode ser até protetor.
SUBNOTIFICAÇÃO
O município de Avelinópolis não registra nos sistemas oficiais da pasta e do Ministério da Saúde aumento de casos da doença. Segundo a superintendente da SES, entretanto, o que pode ter acontecido é uma subnotificação dos casos pela administração municipal.
“Numa situação como essa, a primeira orientação é: registre todos os casos e, a partir desse registro, a gente avalia a situação epidemiológica para ver qual providência deve ser tomada. Hoje não há motivo, a nível de coletividade, de termos medidas como o fechamento de escolas. Existem outras formas de trabalhar o controle”, pontuou.
A notificação de casos da Covid-19 nos sistemas oficiais é obrigatória e, por isso, é importante que os municípios façam o devido registro junto à pasta. A medida subsidia, por exemplo, a tomada de decisões e adoção de novos protocolos sanitários, se necessário.
“É um apelo que a gente faz aos profissionais de saúde, aos gestores municipais, para que na ocorrência de casos seja feita a notificação no sistema de informação, para que a gente tenha conhecimento e possa apoiar esses municípios em suas necessidades”, enfatizou.
A SES-GO volta a destacar a importância de manter altas coberturas vacinais, para evitar formas graves da doença. Hoje, a cobertura vacinal da bivalente está em 12% no estado. No município de Avelinópolis o percentual é de apenas 20%.
“Por enquanto são casos leves, mas a gente sabe que se tivermos muitas pessoas desprotegidas, os casos graves podem aumentar”, ressalta Flúvia Amorim.
NOVA SUBVARIANTE
A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre uma nova subvariante da Ômicron, denominada EG.5. A nova variante foi identificada em 51 países até o momento. O primeiro registro no Brasil foi feito há alguns dias no estado de São Paulo.
Não há ainda casos confirmados da subvariante em Goiás. Apesar destas características, a OMS classificou a EG.5 como de baixo risco para a saúde pública em nível global, uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade de doença (hospitalização e óbitos).
“Essa subvariante aumentou a transmissibilidade, mas não tem confirmação de que ela aumentou a gravidade desses casos. Por isso a gente chama a atenção mais uma vez da população que ainda não tomou a sua dose de vacina bivalente. Quem tem 18 anos ou mais, que já tomou duas doses da vacina anterior, procure uma sala de vacinação. A vacina bivalente foi atualizada com a Ômicron. Ela protege e é segura”, afirmou Flúvia Amorim.
Hoje, a prioridade dos serviços de saúde e das vigilâncias é o reforço do monitoramento de casos e a vacinação. A superintendente de Vigilância em Saúde da SES lembrou as situações em que o uso de máscaras continua sendo recomendo em Goiás.
“Pessoas que estão sintomáticas, locais com muitas aglomerações, pessoas imunodeprimidas e idosos, principalmente os inadequadamente ou não vacinados. Essa é a orientação geral”, finaliza.
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