Passageiro que fez ameaça de bomba em voo que ia de SP para SC terá que fazer serviço comunitário

Em razão da falsa afirmação de estar transportando uma bomba, um passageiro da companhia aérea Azul passou a ser investigado pela Polícia Federal.

No último dia 9 de maio, o passageiro celebrou acordo com o Ministério Público Federal para impedir a continuidade do processo criminal.

Na ocasião, após o desembarque de um voo com origem no Aeroporto de Viracopos, em Campinas-SP, com destino ao Aeroporto de Joinville/SC, a companhia aérea recebeu uma ligação do passageiro afirmando que sua mala transportava uma bomba e que ela explodiria. Por questões de segurança, o voo foi evacuado e todos os passageiros foram conduzidos à sala de desembarque sem a liberação das bagagens.

Acionada, a Polícia Federal encontrou o passageiro em um hotel, durante a madrugada, o qual alegou ter usado a palavra bomba “em outro contexto”. Por consequência, foi instaurado inquérito policial no Departamento da Polícia Federal para apurar a prática do crime previsto no artigo 261 do Código Penal (atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo), com pena de reclusão de dois a cinco anos.

Para evitar a continuidade de processo criminal, o investigado celebrou acordo de não persecução penal com o Ministério Público Federal. Além de confessar a prática do crime, o passageiro ficou obrigado ao pagamento de uma prestação pecuniária destinada a uma entidade beneficente e a prestar 244 horas de serviços à comunidade. Além disso, o passageiro ficou impossibilitado de firmar novo acordo em matéria criminal pelos próximos 5 anos.

Leonardo Magalhães Avelar, advogado criminalista da Azul Linhas Aéreas, afirmou que “as companhias aéreas, aeroportos e a Polícia Federal adotam protocolos de segurança rígidos para segurança dos seus passageiros e do espaço aéreo nacional, motivo pelo qual ameaças dessa natureza devem ser severamente reprimidas, como ocorreu no caso concreto.”

Fonte: Aeroin