Policiais federais de cinco estados cumprem hoje (23) oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a empresários que participavam de um grupo de WhatsApp, onde foram compartilhadas mensagens favoráveis a um golpe de Estado caso o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vença as próximas eleições.
As buscas e apreensões de eventuais provas do envolvimento dos empresários com a promoção de ataques à democracia ou em supostos crimes eleitorais foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no último dia 16.
Os mandados estão sendo cumpridos no Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo. Além das buscas, Moraes determinou o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancários dos investigados; o bloqueio de redes sociais e a tomada de depoimentos.
A autorização judicial e a operação policial ocorrem sete dias após o site Metrópoles noticiar que, em mensagens trocadas no grupo de WhatsApp denominado Empresários & Política, os alvos da operação questionavam a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral brasileiro, além defender medidas inconstitucionais e mesmo um eventual golpe de Estado.
Entre os citados na reportagem estão Afrânio Barreira Filho, dono da rede de restaurantes Coco Bambu; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; José Isaac Peres, dos shoppings Multiplan; José Koury, proprietário do Barra World Shopping, do Rio de Janeiro, além de Luciano Hang (Havan); Luiz André Tissot (Grupo Sierra); Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, fundador da marca de surfwear Mormaii e Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa.
Fonte: Agência Brasil
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