Pela segunda vez neste ano, um Boeing 787 de uma mesma empresa aérea apresentou problema em uma janela da cabine de passageiros, levando novamente à necessidade de que os pilotos adotassem alterações na continuidade do voo.
Conforme relata o The Aviation Herald, o Boeing 787-8 registrado sob a matrícula SP-LRC, operado pela companhia aérea da polonesa LOT Polish Airlines, estava realizando o voo LO-45 de Varsóvia, na Polônia, para Toronto, no Canadá, no dia 14 de agosto quando houve a ocorrência.
Dados das plataformas de rastreamento online de voo indicam que o avião comercial estava a 38 mil pés de altitude (FL380) após cerca de uma hora e meia desde a decolagem quando os pilotos decidiram voltar para Varsóvia.
Além do retorno, eles também iniciaram uma descida para 10 mil pés de altitude (FL100, ou cerca de 3 km) e o jato foi mantido neste nível por quase 2 horas até iniciar a descida para o pouso. A menos altitude serve para que não seja necessário pressurizar a fuselagem, evitando assim a pressão na janela danificada.
O Boeing 787 chegou em segurança pela pista 33 de Varsóvia, quase 3 horas depois de deixar o FL380, já que a altitude baixa faz com que a velocidade de voo seja mais baixa do que tinha sido no mesmo percurso de ida.
A companhia aérea informou que a aeronave retornou devido a uma janela da cabine rachada e os passageiros foram alocados outra aeronave para o voo para Toronto.
Segundo caso semelhante neste ano
Como apresentado no início deste ano, em janeiro foi registrada uma ocorrência semelhante com outro Boeing 787 da LOT, envolvendo as janelas automatizadas da aeronave.
Na ocasião, uma camada da janela foi vista toda queimada e danificada, já que neste modelo de avião, quando o passageiro deseja “fechar” sua janela, ele não tem à sua disposição a tradicional pestana que existe na maioria dos aviões, que pode ser levantada ou abaixada conforme a necessidade, mas sim um controle por botões, em que é possível escurecer ou clarear a janela.
O princípio é o da dimerização, termo geralmente utilizado para classificar o controle da intensidade de uma luz, como as lâmpadas que são usadas por quem deseja regular a intensidade da iluminação de um ambiente.
No caso deste tipo de janela, há um gel acondicionado entre duas camadas de outro material, e uma corrente elétrica através do gel é controlada, levando à mudança da capacidade de passagem da luz.
Apesar das duas ocorrências semelhantes, não se deve tirar nenhuma conclusão precipitada. Por ter acontecido com um mesmo modelo de avião e uma mesma empresa aérea, pode ter sido, por exemplo, desde uma simples coincidência até um problema com o modelo do avião ou uma falha específica em procedimentos operacionais da empresa.
Apenas uma investigação pode apresentar prováveis causas e alguma relação ou não entre os dois casos.
A aeronave voltou ao serviço pouco menos de 24 horas depois, possivelmente após a intervenção de manutenção para a substituição da janela, voando até a Índia sem novos relatos de intercorrências conhecidos.
Fonte: Aeroin
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