Polícia Civil prende em Goiânia o “barão do tráfico”

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), prendeu neste sábado (22/10) Carlos Noronha, de 58 anos, considerado um grande atacadista de cocaína e um dos principais traficantes de drogas do Estado de Goiás. A ação ocorreu no Setor Sul, em Goiânia, sendo o investigado preso em um luxuoso sobrado onde vivia. Há décadas no crime, o primeiro registro de Carlos remonta a 1992, quando foi preso pela primeira vez por furto a residência em Brasília. A partir de então, migrou para o tráfico de drogas, alcançando status de traficante internacional e colecionando registros pela Polícia Federal e Polícias Civis de Pernambuco, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal por tráfico, associação para tráfico, organização criminosa, falsidade documental, lavagem de dinheiro e homicídio. Em 2001, quando recebia, em Brasília, um carregamento de cocaína vindo da Bolívia trocou tiros com a Polícia Federal e, apesar de alvejado no pescoço, foi socorrido e sobreviveu. O ferimento afetou sua voz e lhe rendeu o apelido de Pato Rouco. Em 2021, foi preso na Operação Sborone, da Polícia Civil do Distrito Federal, acusado de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. No âmbito da operação, 1,4 tonelada de drogas foram apreendidas. Meses depois, foi solto e responde ao processo em liberdade.

Em solo goiano, no mês de setembro deste ano, foi indiciado como líder de uma associação que transportava 280 kg de cloridrato de cocaína, droga com grande teor de pureza e altíssimo valor agregado, avaliada em cerca de R$ 14 milhões. O carregamento foi apreendido no município de Vianópolis. Na oportunidade, três associados foram presos. Eles conduziam o caminhão onde a droga estava acondicionada e um carro que promovia a escolta. Com a atual prisão preventiva, estima-se que Carlos Noronha permaneça preso durante a instrução do processo que apura o tráfico de drogas ocorrido em Vianópolis e, caso condenado, cumpra as penas deste e dos demais que responde. Sua prisão constitui um duro golpe no crime organizado e evita iminente disseminação de enorme quantidade de drogas em todo Centro-Oeste brasileiro. As informações são da Polícia Civil.