A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic) de Anápolis – com apoio do Núcleo de Operações de Criptoativos do Ministério da Justiça (Mosaico/Seopi-MJ) e das Polícias Civis de São Paulo e Tocantins -, deflagrou, em 17 de dezembro, a Operação Crypto. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, sequestro de veículos, imóveis, criptoativos contra 13 pessoas investigadas. Um dos investigados foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Os mandados foram cumpridos em Goiás, Tocantins e São Paulo.
A investigação teve início em setembro de 2020, quando um casal (um homem alemão de 63 anos e sua esposa brasileira de 56 anos) foram sequestrados por três pessoas, em Anápolis. Mediante violência e grave ameaça, eles obrigaram as vítimas a transferirem 555 BITCOINS para contas determinadas. As vítimas acabaram cedendo as senhas necessárias para as transferências e os ativos digitais foram enviados a diversas contas.
O Geic de Anápolis efetuou uma série de diligências, sobretudo com apoio do Ministério da Justiça (Mosaico/Seopi), e conseguiu identificar todos os participantes da trama criminosa. O crime foi praticado por um grupo delitivo de SP e GO. O núcleo paulista foi responsável por elaborar o plano criminoso, enquanto o de Goiás efetuou as condutas ilícitas.
A PCGO representou ao Poder Judiciário pelos mandados cautelares. Para garantir o ressarcimento às vítima pelo prejuízo financeiro, o juízo ordenou o sequestro total de R$ 61.913.025, dos quais R$ 1.200.000 já foram recuperados. Também foram bloqueados 22 veículos, sequestrados 33 imóveis, apreendidos 2 veículos, joias e relógios, todos de luxo, e aparelhos eletrônicos.
O inquérito será concluído e remetido à Justiça em 30 dias. Os investigados respondem por extorsão qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa, cujas penas somadas chegam a 30 anos de prisão. As informações são da Polícia Civil.
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