As saídas de ar individuais, conhecidas como “gaspers” ou “eyeball vents”, têm sido uma característica chave para o conforto dos passageiros desde meados do século passado. Com a introdução de aviões comerciais, a circulação de ar nas cabines era bastante rudimentar. No início, aeronaves como o Douglas DC-3 ofereciam controle climático mínimo, incluindo buracos nas janelas.
Como detalhou o View From The Wing, após a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento de cabines pressurizadas em aviões como o Boeing 307 Stratoliner e o Lockheed Constellation permitiu voos em altitudes mais altas, mas também demandou sistemas de controle climático mais sofisticados.
Nos anos 1950 e 1960, jatos como o Boeing 707 e o Douglas DC-8 começaram a oferecer sistemas mais sofisticados de controle ambiental. Foi então que as saídas de ar individuais se tornaram padrão, entrando em comum nos anos 70 e 80, especialmente na classe econômica, onde os passageiros têm pouco controle sobre seu ambiente.
Algumas aeronaves modernas, como o Boeing 787 Dreamliner e o Airbus A350, apresentam sistemas de circulação de ar avançados que mantêm a umidade e a temperatura da cabine consistentes, por isso algumas companhias aéreas optam por omitir essas saídas de ar pessoais, especialmente em cabines premium. No entanto, muitos passageiros ainda preferem essa opção de controle individual.
Colando chiclete
Em alguns casos, quando as saídas de ar ficam permanentemente abertas, um passageiro pode tentar resolver o problema por conta própria, usando chiclete ou papel para bloquear o fluxo de ar.
O problema é que essa “solução” prejudica os passageiros seguintes, que não conseguem ajustar o fluxo de ar. Isso se agrava devido à limpeza limitada entre os voos; se o problema não for relatado, pode não receber atenção adequada, mesmo durante a manutenção noturna.
A situação destaca uma questão persistente de comportamento inadequado a bordo. Alterar ou danificar o equipamento de bordo pode causar desconfortos a outros passageiros e possíveis atrasos em manutenção.
A cabine de um avião é um microcosmo democrático, reunindo pessoas de diferentes origens dentro de uma “tubo metálico”, e ocasionalmente, algumas delas têm atitudes reprováveis. Pensar no bem comum é sempre a melhor solução.
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