Prefeita de Boston quer descriminalização de furto e outros crimes

Documentos recém-revelados mostram que a prefeita democrata de Boston, Michelle Wu, propôs a descriminalização do furto, direção com carteira suspensa, entre outros, além de eliminar o banco de dados de gangues.

A prefeita de Boston, conhecida por suas políticas de extrema-esquerda, está no centro de uma nova controvérsia. De acordo com um questionário de 2021 distribuído pelo grupo Progressive Massachusetts, Wu defendeu a descriminalização de uma série de crimes classificados como de “qualidade de vida”.

Entre esses crimes estão furto, direção com carteira suspensa e conduta desordeira. Wu, atualmente com 39 anos, argumenta que tais infrações não deveriam resultar em processos criminais. Além disso, Wu sugeriu a eliminação do banco de dados de gangues de Boston. A justificativa é que o registro atual pode ser discriminatório e não contribui para a segurança pública.

Essa proposta ocorre em meio a um cenário de aumento da criminalidade em várias grandes cidades dos Estados Unidos, onde o debate sobre a eficácia das políticas de policiamento está cada vez mais acirrado.

Cidades como Chicago, São Francisco, Filadélfia, Nova York e Seattle têm enfrentado desafios semelhantes, com debates fervorosos sobre como balancear ideologia e segurança pública. Em lugares como Filadélfia, algumas lojas da rede Wawa fecharam devido ao aumento da criminalidade.

Além da descriminalização, Wu também enfrentou críticas severas no ano passado por alegações de que usou sua posição para monitorar críticos de suas políticas de shutdown durante a pandemia de Covid-19, incluindo donos de restaurantes e críticos da mídia.

Boston é uma das cidades mais antigas e importantes dos Estados Unidos. Fundada em 1630 pelos ingleses, a cidade desempenhou um papel fundamental na formação do país, sendo palco de eventos cruciais durante a Revolução Americana. A cidade é também um importante centro econômico e cultural, abrigando instituições de educação superior como a Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Quem é Michelle Wu

Michelle Wu é uma política norte-americana que atua como prefeita de Boston, Massachusetts, desde 2021. Filha de imigrantes taiwaneses, Wu foi a primeira mulher asiático-americana a servir no Conselho da Cidade de Boston, de 2014 a 2021, e presidiu o conselho de 2016 a 2018. Ela é a primeira mulher e a primeira pessoa não branca a ser eleita prefeita de Boston. Aos 36 anos, Wu também se tornou a pessoa mais jovem a ser eleita para o cargo em quase um século. Ela é membro do Partido Democrata.

Durante seu tempo no Conselho da Cidade, Wu foi autora de uma legislação que proíbe a cidade de contratar seguradoras de saúde que discriminem indivíduos transgêneros. Outras iniciativas incluíram a proibição de sacolas plásticas e a licença parental remunerada para funcionários municipais.

Como prefeita, Wu é defensora de um “Green New Deal” municipal para Boston. Ela assinou uma ordem para cortar os investimentos da cidade em empresas que geram mais de 15% de sua receita de combustíveis fósseis, produtos de tabaco ou instalações prisionais.

Wu anunciou planos de gastar US$ 2 bilhões em projetos de construção de escolas públicas como parte de seu “Green New Deal” para as escolas da cidade. Ela também tomou medidas para aumentar a habitação acessível e ajustou as políticas da cidade em relação à pandemia de COVID-19. Wu apoia o transporte público gratuito e financiou um programa piloto para serviços de ônibus gratuitos em três rotas da MBTA.

Vida Pessoal

Nascida em Chicago, Illinois, em 14 de janeiro de 1985, Michelle Wu cresceu falando mandarim em casa. Formada em economia pela Universidade de Harvard, ela trabalhou como consultora antes de se mudar de volta para Chicago para cuidar de sua mãe, que sofria de problemas de saúde mental. Wu abriu uma casa de chá para apoiar sua família financeiramente. Mais tarde, retornou a Massachusetts para obter seu diploma de advogada pela Harvard Law School.

Wu é casada com Conor Pewarski desde 2012, e o casal tem dois filhos. Ela é considerada uma esquerdista radical e uma protegida da senadora Elizabeth Warren, outra extremista, que foi sua professora na faculdade de direito.

Fonte: O Antagonista