O orçamento apertou e o produtor de mudas da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Rogério Gomes da Silva, de 41 anos, deficiente visual, estudante do 6º período de Pedagogia, teve de recorrer a uma rifa para pagar as mensalidades atrasadas da faculdade. “A ideia partiu de um colega aqui da empresa, e era a minha única saída. Era isso ou eu não conseguiria prosseguir com o estudo”, conta o colaborador.
A rotina de Rogerinho, como é conhecido entre os colegas da Companhia, demonstra o tamanho de seu esforço. Servidor há 16 anos da Comurg, sai de casa todos os dias às 6h, e só retorna após 22h. Vai a pé para a faculdade, cujo trajeto entre o Viveiro Redenção, onde está lotado, e a unidade de ensino, é de dois quilômetros.
“Faço duas refeições. Me alimento com o que trago na marmita, por volta do meio dia, e o jantar fica para depois das 22h, quando chego em casa. Mas é uma alegria, sou grato pelo meu trabalho e pela oportunidade de estudar”, afirma o colaborador, que é casado e pai de duas filhas.
Para o presidente da Comurg, Alisson Borges, Rogerinho é um grande exemplo de determinação. “É um funcionário muito querido e responsável, que, na mesma medida em que se dedica aos trabalhos da empresa, se empenha nos estudos e em buscar conhecimento”, frisa.
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