O presidente russo Vladimir Putin deu uma declaração hoje (25) em que afirmou ter informações confirmadas de que “há armas pesadas e sistemas fortes em cidades grandes, como em Kiev, que planejam atuar em oposição às forças russas, agindo como agem os terroristas em todas as partes do mundo, para depois culpar a Rússia pela mortes de civis”.
Putin disse que o confronto acontece principalmente por conta da atuação dos americanos. Ele afirma também que o governo da Ucrânia é neonazista e comete genocídio contra a própria população.
Antonio Barbosa, professor de História da Universidade de Brasília (UnB), afirma que há dois aspectos a serem considerados nessa questão. O primeiro deles é que, independentemente de qual seja o governo de um país, nenhum outro está autorizado, pelo Direito Internacional e pelas normas mais elementares de civilização, a invadi-lo. “O que Putin fez foi uma agressão e ela é rechaçada pelo pensamento democrático da maioria da população mundial”.
O segundo aspecto é que, independentemente de quem esteja no governo da Ucrânia, trata-se de um governo eleito. “Na verdade, ele [Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano] substitui um governo que era francamente aliado de Putin e, na verdade, procura reafirmar a soberania, a independência do seu país. Que é um governo dominado por direitistas radicais não há dúvida alguma, mas isso não dá a ninguém o direito de invadir o país, sobretudo porque essa agressão significa a morte de milhares de civis que nada têm com isso”.
Putin disse ainda que gostaria de se dirigir às forças ucranianas “para que atuem por vocês mesmos, que é melhor do que atuar com essas pessoas que fizeram a Ucrânia refém”. O presidente russo sugeriu, portanto, que o exército ucraniano tome o poder e deponha o presidente eleito, Volodymyr Zelensky.
O mandatário russo parabenizou, ainda, as forças armadas russas que, segundo ele, “atuam de forma profissional e têm realizado [sua missão] com grande êxito e cumprido com os interesses do nosso país, da nossa nação”.
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