O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido) e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro trocaram acusações, na noite desta quinta-feira (15), em um grupo do aplicativo de mensagens WhatsApp do Parlatório, que reúne economistas, empresários, advogados, operadores do mercado financeiro e políticos.
Sérgio Moro afirmou que projetos importantes, como o do fim do foro privilegiado e o da volta da execução de penas após condenação em segunda instância, foram travados por Rodrigo Maia, apesar de promessas e de acordos realizados.
“Congresso precisaria votar isso. Presidente atual e anteriores não pautaram”, escreveu o ex-ministro. Rodrigo Maia rebateu: “Moro, não vou fazer este debate aqui com você.” Apesar de dizer que não seguiria a discussão, atacou: “Fato é que você tentou mandar na Câmara sem mandato. Segunda instância não avançou pela pandemia. Apenas isso.”
Rodrigo Maia seguiu rebatendo as críticas do ex-juiz da Lava Jato. “Foro, de fato, não tinha apoio, mas quem segurou foi a pressão dos juízes e promotores que estão satisfeitos com a interpretação do Supremo que só resolveu foro para político”, disse.
Sérgio Moro continuou apresentando seus argumentos. “Rodrigo, mantendo a discussão em alto nível, [no caso dessas] essas matérias, bastava pautar e ver o que dava a votação, se elas são propostas por X ou Y, pouco importa. Importa se são boas e não foram pautadas”, argumentou.
“A segunda instância parou pela pandemia. Outra, não tinha apoio. Na política, as decisões não são individuais. Parou pela pandemia.”, explicou Maia. Sérgio Moro respondeu. “Desculpe, mas você ficou quatro anos presidente da Câmara, não pautou porque não quis.”
A conversa terminou com a mensagem de Rodrigo Maia. “Não é verdade. A PEC da segunda instância foi apresentada. Parou com a pandemia.”
Até a publicação desta notícia, nem o deputado Rodrigo Maia, nem o ex-ministro Sérgio Moro, comentaram o bate-boca no grupo de mensagens. O espaço está aberto para manifestação, que será incluída na reportagem quando enviada.
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