A aeronave da Voepass, responsável pelos voos para a Província Petrolífera de Urucu, no interior do Amazonas, voltou a apresentar falhas técnicas no último sábado (17), gerando preocupações quanto à segurança dos trabalhadores. A situação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo (Sindipetro) Pará / Amazonas / Maranhão / Amapá na última quinta-feira (22).
Conforme documentos obtidos pelo g1, os funcionários da província já haviam alertado sobre questões de segurança relacionadas às aeronaves da Voepass ao longo de 2023. A companhia aérea, que recentemente enfrentou uma tragédia com a queda de um avião em Vinhedo, São Paulo, resultando na morte de 62 pessoas, tem enfrentado crescente escrutínio.
Após a tragédia em São Paulo, o Sindipetro se reuniu com representantes da Petrobras e da Voepass nos dias 12 e 13 de agosto para discutir a segurança das operações na Província de Urucu. Durante o encontro, a Voepass assegurou que a aeronave em questão havia passado por uma rigorosa inspeção e estava apta a retomar os voos em 13 de agosto. No entanto, apenas quatro dias depois, a aeronave apresentou problemas no sistema hidráulico, levando à necessidade de manutenção.
Segundo o Sindipetro, no incidente do último dia 17, a aeronave chegou a decolar, mas precisou retornar ao aeroporto e ser rebocada até o hangar para reparos. A situação motivou uma nova reunião entre a Petrobras e o sindicato no último dia 19 de agosto, na qual a gerência de Transporte do Suporte Operacional (SOP) da Petrobras apontou que as falhas ocorreram mesmo após a inspeção realizada.
Em comunicado, a Gerência de Transportes da Unidade de Negócios do Amazonas (UN-AM) informou que a aeronave ainda estava em manutenção na segunda-feira (19). Diante dos recentes problemas, o Sindipetro solicitou a disponibilização imediata de um avião reserva para o transporte dos petroleiros até a Província de Urucu e defendeu a rescisão do contrato com a Voepass.
“A companhia aérea não demonstrou ter condições operacionais de atuar no transporte aéreo para Urucu, além dos seus notórios problemas na aviação comercial“, declarou o sindicato, reforçando as preocupações com a segurança dos trabalhadores e a continuidade das operações na região.
Fonte: Aeroin
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