Supergonorreia preocupa os Estados Unidos que investigam casos recentes

As últimas informações sobre uma nova forma muito forte de gonorreia preocupa os órgãos de saúde em todo o mundo. É que, conforme publicou o jornal O Globo, os Estados Unidos estão investigando seus dois primeiros casos de uma cepa “preocupante” de gonorreia “superforte” e resistente a uma variedade de antibióticos.

Os dois pacientes, que não foram identificados, são de Massachusetts e não viajaram recentemente, o que leva a crer que a doença foi contraída no estado. Também não há conexão entre ambos, sugerindo que a infecção sexualmente transmissível (DST) está se espalhando.

A cepa já havia sido detectada no Reino Unido e na Áustria. Nos Estados Unidos, a gonorreia é a segunda DST mais comum com cerca de 700 mil novos casos por ano. No Brasil ela é considerada muito comum com mais de 2 milhões de casos por ano.

Supergonorreia é o termo usado para descrever a bactéria responsável pela gonorreia, a Neisseria gonorrhoeae, resistente a diversos antibióticos, incluindo os antibióticos que normalmente são utilizados no tratamento dessa infecção, como a Azitromicina. Dessa forma, o tratamento para a supergonorreia é mais difícil e, por causa disso, há maior risco de desenvolvimento de complicações, já que a bactéria permanece mais tempo no organismo.

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível que pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de relação sexual com penetração, anal ou oral sem proteção.

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Principais sintomas

Os sintomas da supergonorreia são os mesmos da gonorreia causada pela bactéria sensível aos antibióticos, no entanto não desaparecem à medida que o tratamento com antibióticos é realizando, aumentando o risco de complicações. De forma geral, os principais sintomas de supergonorreia é:

  • Dor ou ardor ao urinar;
  • Corrimento branco-amarelado, semelhante a pus;
  • Aumento da vontade para urinar e incontinência urinária;
  • Inflamação do ânus, no caso da transmissão da bactéria ter sido através da relação anal;
  • Dor de garganta, no caso de relação íntima oral;
  • Aumento do risco de doença inflamatória pélvica (DIP), devido à permanência da bactéria no organismo;

Além disso, como a eliminação da supergonorreia é mais difícil devido à resistência a diversos antibióticos, há maior risco dessa bactéria chegar à corrente sanguínea e chegar a outros órgãos, resultando no aparecimento de outros sintomas como febre, dor na articulação e lesões nas extremidades, por exemplo. Conheça outros sintomas de gonorreia.

Com informações de O Globo e do tuasaude.com