Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, mostra que os prejuízos da indústria do tabaco no meio ambiente são vastos e crescentes, aumentando a pressão sobre os recursos já escassos e os frágeis ecossistemas do planeta.
Além de contribuir para a morte de mais de 8 milhões de pessoas todos os anos, o fumo “destrói o meio ambiente, prejudicando a saúde humana, por meio do cultivo, da produção, distribuição, do consumo e dos resíduos”, diz o relatório.
Os cigarros são produzidos com plástico de “uso único” que demora décadas para ser degradado e que, ao longo desse processo, liberta mais de 7 mil tipos de elementos tóxicos para o meio ambiente. Por ano, os fumantes apagam uma média de 800 mil toneladas de cigarros, deixando pontas suficientes para cobrir o Central Park de Nova York.
Além disso, os cigarros não são considerados “plásticos descartáveis” e, por isso, o consumo não é proibido. Mas os impactos no ambiente são elevados. Segundo estudo divulgado pelo The Guardian, já foram encontradas pontas de cigarros parcialmente digeridas em 70% das aves marinhas e 30% das tartarugas marinhas.
Segundo a OMS, são necessários 600 milhões de árvores cortadas para produzir cigarros, emitidos 84 milhões de toneladas de dióxido de carbono – o que contribui para o aumento da temperatura global – e 22 bilhões de litros de água – o equivalente a 8,8 milhões de piscinas olímpicas.
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