Os resultados do estudo de fase 3 da #vacina contra a #dengue produzida pelo Instituto #Butantan mostram que o imunizante mantém a segurança e eficácia por uma média de 3,7 anos. Os dados foram publicados nessa segunda (5/8) na revista científica The Lancet Infectious Diseases.
O artigo mostra ainda que a vacina protege contra quadros graves de dengue, independente de internação hospitalar — a eficácia, nesses casos, foi de 89%. Foram acompanhados 16 mil pacientes de 2 a 59 anos por dois a cinco anos (a média é de 3,7 anos), e a eficácia encontrada foi de 67,3%.
“Ter uma eficácia muito alta contra a doença com sinais de alarme e grave é fundamental, porque são as situações que causam um peso muito grande dentro do sistema de saúde. São essas pessoas que vão ser internadas e que têm risco de evoluir para óbito”, afirma o virologista Maurício Nogueira, primeiro autor do estudo, em entrevista ao Estadão. Ele também é professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).
A vacina contra a dengue do Butantan é uma das esperanças de controle da doença no Brasil, uma vez que, além de a fórmula ter sido desenvolvida e poder ser fabricada no país, ainda é de apenas uma dose, ao contrário dos imunizantes disponíveis até o momento.
Anteriormente, o Instituto tinha confirmado uma eficácia de 79,6% nos dois primeiros anos. Os pesquisadores consideram a queda de eficácia com o passar dos anos normal, e explicam que as novas informações abrem uma discussão sobre a necessidade de reforço.
Fonte: Metrópoles
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