No dia 1º de fevereiro, o novo Congresso Nacional toma posse e, a partir disso, começa a organização interna e administrativa do parlamento, que tem como primeiro passo a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado Federal. Os atuais presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), tentam a reeleição para os cargos. Para comentar a disputa nas duas casas legislativas, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado Marcel van Hattem (Novo). O parlamentar destacou que defende que o voto seja secreto durante o pleito para evitar pressões dos atuais mandantes do legislativo: “A minha tese é de que o voto deve permanecer secreto. Ou seja, o deputado deve poder votar no candidato que sua consciência diz que é o melhor. As opções estão na mesa a cada nova eleição da Câmara e do Senado. Mas se o eleitor desse deputado quer que esse voto seja divulgado, o eleitor tem todo o direito de pedir ao deputado que abra seu voto”.
“Depende muito da pressão do eleitor e da vontade do eleitor de ver transparência no voto. Por que eu defendo que o voto seja secreto? Se de um lado o voto aberto pode beneficiar a totalidade da população brasileira com transparência em poder ver em quem cada deputado ou senador votou para presidente de cada uma das casas, por outro lado o voto aberto também deixa muito vulnerável o eleitorado da Câmara e do Senado a possíveis pressões daqueles que têm o poder hoje e estão, por exemplo, na presidência. Independente se for Pacheco ou Lira, ou no passado Maia ou Alcolumbre, são pressões daqueles que têm poder, e tem muito poder na mesa (…) Mas se as pressões vierem de baixo, no sentido do eleitor cobrar que o parlamentar abra seu voto, eu não vejo também nada de errado que se assim ele achar melhor, que ele abra seu voto”, argumentou.
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