A desmoralização da instituição CPI no Brasil já uma realidade e faz muito tempo. Mas, depois da CPI da Pandemia no Senado Federal, a desmoralização deste instrumento parlamentar foi ao máximo. Uma fala de uma magistrada do Rio de Janeiro deixou isso muito claro. As testemunhas de acusação do caso da morte do menino Henry Borel, aquela criança que foi espancada e morta pelo padrasto, o ex-vereador da cidade do Rio de Janeiro, Dr. Jairinho, começaram a prestar depoimento no Tribunal de Justiça do Rio, pouco depois das 9h30 desta quarta-feira (06).
Logo no início, uma discussão entre o promotor do Ministério Público, Fábio Vieira, e o advogado de Monique Medeiros, Thiago Minagé, interrompeu o depoimento do delegado Henrique Damasceno, 1ª testemunha ouvida.
O advogado de defesa de Monique disse que Damasceno estava dando opiniões e não falando sobre os fatos do dia do crime. A juíza, Elizabeth Machado, precisou intervir para interromper a discussão.
“Aqui não é CPI. Aqui a gente está para ouvir a testemunha. Isso aqui não vai virar circo!”, afirmou a juíza Elizabeth Machado Louro.
Relacionadas
Contribuintes têm até 20 de dezembro para renegociar débitos com descontos de até 90% em Goiás
Brasil pede desculpas oficiais pela escravização das pessoas negras
Julgamento de Bolsonaro e demais indiciados pode ocorrer em 2025