Uma determinação da Justiça pode fazer com que a Igreja Batista Regular do Calvário, em Anápolis, seja leiloada para pagar uma dívida trabalhista no valor de R$ 317 mil. Em 2014, um supervisor de obras se feriu gravemente ao cair do telhado do templo. Apesar de ter prestado o serviço informalmente, ele conseguiu provar que a instituição era culpada pelo acidente. A decisão partiu do desembargador Eugênio Cesário e foi mantida pela Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT 18).
A defesa da Igreja chegou a recorrer afirmando que a a denominação há quase 40 anos presta serviços de caridade, sem fins lucrativos e que a única alternativa seria a penhora. Em resposta, Eugênio afirmou que prestar assistência a um trabalhador necessitado é também uma função social e que os templos religiosos não são bens impenhoráveis. Mário Bottazzo, também desembargador do TRT, afirmou que a decisão não viola a liberdade de crença e o livre exercício dos cultos.
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