Os apartamentos sul-coreanos que mais se parecem com porões, retratados no filme vencedor do Oscar de 2020 “Parasita”, devem deixar de existir em Seul gradativamente devido a esforços do governo para eliminá-los da capital.
Chamadas de “banjihas”, as residências semi-subsolo surgiram na década de 1970, quando as autoridades tornaram obrigatório piso no porão em novas construções. Morar no subsolo ainda era ilegal, mas começou a atrair a população de baixa renda sul-coreana.
Depois que os regulamentos ficaram menos rígidos em 1984, foi permitido que os apartamentos passassem a ser construídos metade acima do solo e o restante no subsolo, com residências mais altas.
No entanto, o recorde de chuvas na capital sul-coreana da última semana expôs as dificuldades enfrentadas pelos moradores das banjihas, fazendo com que o governo de Seul reavaliasse a decisão sobre as construções.
Na segunda-feira, 8, a capital sul-coreana foi atingida pela mais forte chuva registrada em 115 anos, responsável por inundar apartamentos, encher estações de metrô e afogar quatro pessoas que viviam nesses porões apertados.
Segundo relatou o The Guardian com informações das mídias locais, duas irmãs de 40 anos e uma menina de 13 anos, filha de uma delas, morreram em seu apartamento no subsolo, no distrito de Gwanak, após pedirem ajuda, mas não serem alcançadas por equipes de emergência. Outra pessoa que vivia em uma banjiha também morreu afogada.
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