A Argentina registrou a maior taxa de inflação dos últimos 20 anos em julho. Os preços ao consumidor acumulados em 12 meses dispararam 71% no sétimo mês do ano, sete pontos percentuais acima do registrado em junho, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O incide mensal foi de 7,4%. O salto inflacionário em julho coincidiu com fortes tensões nos mercados cambiais da Argentina, onde as cotações paralelas do dólar americano subiram acentuadamente até níveis recordes, fenômeno que rapidamente repercutiu nos preços gerais da economia. Pela oitava vez em 2022, o banco central da Argentina elevou sua taxa básica de juros, que passa a ser de 69,50% ao ano. Segundo eles, essa mudança é uma forma de alinhar “aos rendimentos do mercado”. As previsões privadas mais recentes coletadas mensalmente pelo Banco Central argentino indicam que a inflação será de 90,2% neste ano e de 76,6% em 2023.
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