O ex-presidente Lula tem defendido financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para outros países, feitos em larga escala durante seu governo e no de Dilma Rousseff. A mais recente defesa desse tipo de empréstimo foi feita no mês passado, no programa do apresentador Ratinho, que questionou o fato de países como a Venezuela não pagarem o que pegaram emprestado no Brasil. “Todo mundo paga, você pode ter dificuldade aqui ou ali, mas todo mundo paga”, afirmou Lula.
Apesar da afirmação do presidente de que “todo mundo paga”, os números apresentados pelo BNDES mostram que o calote de três países contemplados com empréstimos do Brasil já somam 5,2 bilhões de reais. A Venezuela deixou de pagar dívidas de 3,45 bilhões de reais, Moçambique não quitou 641 milhões de reais e Cuba deu um calote de 1,12 bilhão de reais. O calote deverá ser ainda maior, pois há outros 3,19 bilhões de reais vencendo, sem a perspectiva desses países conseguirem honrar suas dívidas.
Oficialmente, o nome desses empréstimos é “programa de financiamento à exportação de serviços de engenharia”. As empresas brasileiras que tiveram acesso a tais financiamentos facilitados para obras no exterior foram Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Camargo Correa e OAS, as mesmas que tombaram na Operação Lava-Jato por pagarem propinas milionárias ao PT, em troca de contratos na Petrobras. Quem fica com a dívida do empréstimo é o país estrangeiro, responsável por fazer o pagamento.
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