A Polícia Civil já identificou 18 pacientes que morreram após serem operadas pelo médico João Couto Neto, em Novo Hamburgo (RS). O número de pessoas que foram de alguma forma lesionadas ou mortas durante ou depois das cirurgias chega a 73, segundo os responsáveis por investigar o médico. Mas deverá passar dos 100, afirma o delegado Tarcísio Kaltbach. O cirurgião foi afastado de suas funções por 180 dias, a partir do dia 12, por decisão da Justiça. Uma das linhas da investigação da polícia é que o comportamento do médico em acumular até 25 cirurgias em um mesmo turno de plantão visava a aumentar os ganhos financeiros, mas levava à negligência e aos erros médicos. Para o delegado, a quantidade de cirurgias impedia Couto Neto cuidar corretamente das intervenções e dos pós-operatórios.
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