A Barragem do Ribeirão João Leite atingiu o maior período de vertimento (escoamento) já registrado desde o seu primeiro uso. Esse é um marco importante registrado pelo Governo de Goiás na gestão dos recursos hídricos do Estado.
Há exatamente sete meses, em 19 de dezembro do ano passado, a barragem começou a escoar água de forma contínua, completando 213 dias de vertimento ininterrupto. Esse processo ocorre quando o nível da água ultrapassa 96%, correspondente a 749 metros de altitude.
A Barragem do Ribeirão João Leite é responsável pelo abastecimento de 64% de Goiânia. Graças ao avanço das obras do Sistema de Linhões, está suprindo também as demandas de Aparecida de Goiânia.
Com capacidade de 129 milhões de metros cúbicos, o que equivale a 129 bilhões de litros de água, desempenha um papel crucial ao fornecer água potável a mais de 1,3 milhão de pessoas.
O tempo recorde de vertimento reflete os esforços contínuos do Estado, por meio da Companhia de Saneamento de Goiás S.A. (Saneago), no investimento em obras e melhorias operacionais em todo o ciclo da água, desde os mananciais até os hidrômetros dos clientes.
Além disso, a Saneago tem se destacado no combate às perdas de água na distribuição, alcançando índices impressionantes de eficiência, com apenas 25% de perdas no estado e 16% em Goiânia, enquanto a média nacional é de 40%.
Os investimentos em recuperação de nascentes, conservação das matas ciliares, conscientização dos moradores e proprietários rurais ao longo das bacias hidrográficas também contribuíram para esse resultado benéfico.
A estratégia de combate às perdas, aliada às ações de preservação ambiental, resultou em um maior volume de água disponível na bacia por um período prolongado, mesmo após o término da estação chuvosa.
Parceria
O sucesso no nível da água é compartilhado pelos usuários da Bacia Hidrográfica do João Leite, que têm desempenhado um consumo cada vez mais consciente. Cenário que se estende aos demais mananciais de abastecimento utilizados pela companhia.
O Rio Meia Ponte, por exemplo, apresenta o melhor nível desde 2017, evidenciando o êxito das estratégias adotadas. Em Anápolis, o Ribeirão Piancó, principal fonte de captação, registra a melhor vazão desde 2021; e o Ribeirão Abóbora, em Rio Verde, alcança a maior vazão dos últimos três anos.
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