O advogado Bruno Ferullo, que defende Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola e líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), explicou que a realização de exames médicos por Marcola no Hospital Regional do Gama (HRG) na manhã de hoje (4) foram o motivo da megaoperação montada por policiais penais federais. Ferullo detalhou que Marcola realizou exames de sangue e uma endoscopia, que já estavam programados. Segundo o advogado, Marcola está em boa saúde. “Os exames foram solicitados pelo médico particular de Marcola, que o examinou algumas semanas atrás”, acrescentou Ferullo.
Um extenso esquema de segurança foi montado por policiais penais federais para o transporte do preso à unidade de saúde. Cerca de 90 policiais participaram da operação, que contou com o apoio das polícias Civil e Militar. Em 2020, uma escolta do Sistema Penitenciário Federal paralisou a área central de Brasília para levar Marcola ao Hospital de Base (HBDF). Naquela vez, o preso chegou e partiu de helicóptero para realizar exames agendados. Quanto à transferência de Marcola, ele foi levado de volta à Penitenciária Federal em Brasília em 25 de janeiro deste ano. A movimentação foi autorizada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que mencionou que a medida visava prevenir “um suposto plano de fuga ou resgate”.
O “recordista”
Em julho, a CNN mostrou que Marcola é o líder de facção criminosa no Brasil com mais tempo de pena para cumprir: 338 anos. Eram 342, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reduziu em quatro anos uma pena por roubo cometido por ele e comparsas em 1986, alterando a pena total do detento.
Desde que foi apontado como líder máximo do PCC, Marcola foi acusado de cometer vários crimes de dentro da prisão. Ele foi condenado por uma série de homicídios praticados quando já estava atrás das grades.
A maior condenação, de 160 anos, foi determinada em março de 2013, quando foi considerado culpado por uma chacina de oito presos na Casa de Detenção no Carandiru (SP).
A maior parte das condenações (290 anos de pena) foi por crimes quando Marcola estava preso, como mandante de roubos e homicídios. Outros 40 anos de pena foram por roubos a carros, bancos e empresas de valores entre 1980 e 1990. Ele também foi condenado pela morte de um juiz de São Paulo, em 2003.
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