Nessa segunda-feira (26), após recebimento de denúncia anônima, a Delegacia de Polícia (DP) de Abadiânia empreendeu diligências até a zona rural para averiguar a ocorrência do crime de redução à condição análoga à de escravo. Foi verificado que os 11 funcionários estavam trabalhando em situações degradantes, sem equipamentos de proteção individual, sem receber, sem água potável e sem dia de descanso na semana na corta de eucalipto em uma fazenda.
De acordo com as declarações das vítimas, muitos trabalhavam na corta de eucalipto de chinelo e tinham que trabalhar aos domingos para que pudessem garantir o almoço e o jantar, sendo que, depois era cobrado o valor das refeições. Além disso, verificou-se que os alojamentos não possuíam camas, todos dormiam amontoados em colchões no chão, alguns destes eram feitos apenas de espuma.
As vítimas são do Maranhão e trabalhavam para manter a estadia e alimentação, visto que o empregador havia retido o documento e carteira de trabalho de todos com a promessa de assinar a carteira. Porém, nenhum deles recebeu salário e estavam lá porque não tinham para onde ir.
Diante disso, a autoridade policial deu voz de prisão ao empregador pelo crime de redução à condição análoga à de escravo. O autor foi encaminhado ao presídio. O inquérito policial será finalizado dentro do prazo legal.
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