Lula afirmou na sexta-feira à noite que calúnias foram inventadas sobre a Petrobras nos últimos anos. Durante o lançamento da nova seleção cultural da estatal, no valor de R$ 250 milhões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o país resistiu às tentativas de prejudicar a companhia.
“Houve recentemente outra tentativa de prejudicar a nossa Petrobras. Foram inventadas cerca de 100 calúnias sobre a Petrobras. Eu vi o orgulho dos funcionários vestindo a camisa cor de abóbora, que durante muito tempo foram ofendidos por usá-la nas ruas do Rio de Janeiro, pois ser da Petrobras significava ser associado à corrupção e má gestão do patrimônio”, afirmou.
Lula reiterou suas críticas às investigações de corrupção na petroleira realizadas na operação Lava Jato, enfatizando que o povo resistiu e a empresa sobreviveu. Ele afirmou que o investimento em cultura é uma contrapartida necessária da Petrobras para o povo “que tanto lutou por ela”, mencionando as tentativas de privatização da empresa.
“A cultura é parte dos interesses de uma empresa nacional, que tantas vezes tentaram privatizar e, quando conseguiram, decidiram fatiar e vender partes da Petrobras, como fizeram com tantas outras empresas. Mas mais uma vez, resistimos”, disse.
O presidente também destacou a importância da Petrobras investir em questões que interessem ao povo. “A cultura pode não interessar a um ditador. A cultura pode não interessar a um negacionista. Mas a cultura simplesmente interessa ao povo, assim como um prato de comida”, afirmou durante o evento, realizado no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio.
A própria Petrobras já admitiu em seu balanço que levou um prejuízo de R$ 6,4 bilhões por causa da corrupção desvendada pela Lava Jato. Mas o valor é bem diferente do apontado em laudo da Polícia Federal, realizado em setembro de 2016. Segundo os peritos, o prejuízo pode chegar a R$ 42 bilhões.
Seis empreiteiras investigadas na Lava Jato são responsáveis por R$ 20 bilhões do prejuízo estimado pela PF. A empreiteira que mais teria dado prejuízo à Petrobras é a Odebrecht (R$ 7,1 bilhões), seguida pela Queiroz Galvão (R$ 4 bilhões), Camargo Correa (R$ 3,9 bilhões), UTC (R$ 2,2 bilhões), Andrade Gutierrez (R$ 1,4 bilhão) e OAS (R$ 1,2 bilhão). O laudo da PF analisou os contratos da Petrobras com empresas cartelizadas entre 2004 e 2014.
Fonte: Poder 360
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