A desembargadora Claudia Cristina Cristofani, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, interrompeu hoje (3) o julgamento dos processos que pedem a cassação do senador Sergio Moro (União-PR). Cristofani pediu vistas dos processos que pedem a cassação de Moro. Com isso, o julgamento foi suspenso, mas a desembargadora afirmou que devolverá o caso para retomada na próxima segunda-feira (8), como estava previsto. Até o momento, o placar sobre a cassação de Moro é de 1 voto a 1. O relator do caso, desembargador Luciano Falavinha Souza, votou contra a cassação na última segunda-feira (1º). Hoje (3), porém, o desembargador José Rodrigo Sade divergiu e votou a favor da perda do mandato do senador. Sade foi indicado ao TRE-PR pelo presidente Lula (PT).
Quais acusações pesam contra Moro?
As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que pedem a cassação do mandato de Sergio Moro começaram a ser julgadas na segunda-feira (1º), no TRE do Paraná, em Curitiba.
Elas foram protocoladas por duas frentes antagônicas na política nacional. A primeira pelo Partido Liberal (PL), de base bolsonarista, e a outra pela Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV), base que elegeu o governo Lula, em novembro e dezembro de 2022.
Elas argumentam que durante a pré-campanha de Moro para a Presidência da República ele cometeu abuso de poder político indevido dos meios de comunicação e obteve vantagem indevida em relação aos outros candidatos que disputaram a campanha ao Senado.
Os partidos alegam que os gastos com viagens, eventos e publicidade na pré-campanha para a presidência deu a Moro uma visibilidade desproporcional, que impactou a disputa para o Senado.
A defesa do senador defende que muitos dos gastos apontados no processo não conferiram a ele nenhuma visibilidade.
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