O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou neste domingo, 21, neste domingo, 21, mais um gigantesco ato popular na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Essa foi a segunda manifestação do ano feita pelo ex-presidente e apoiadores, afirmando apoio a Bolsonaro e com críticas ao governo Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Em fevereiro, o ex-presidente reuniu perto de um milhão de pessoas na Avenida Paulista.
Jair Bolsonaro falou para o público que se reuniu na Avenida Atlântica e não citou Alexandre de Moraes ou o STF, deixando as falas mais fortes contra Moraes para aliados como Silas Malafaia. Bolsonaro, no entanto, afirmou que “o sistema trabalha contra a liberdade de expressão”, e puxou uma salva de palmas para Elon Musk, dono do X e que tem atacado Moraes em sua rede social.
O ex-presidente usou a maior parte de seu tempo para comparar seus quatro anos de governo com a gestão Lula 3. “Pela primeira vez no Brasil nós estamos vendo um presidente sem o povo ao seu lado”, disse. “Dá pra comparar esses 38 ministros de Lula com os 23 de Bolsonaro?”, bradou em outro momento.
Evitando um ataque frontal, Bolsonaro, no entanto, confrontou a chamada minuta do golpe, documento encontrado na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e que foi discutida com os comandantes do exército ao fim de seu governo.
“Minuta de golpe, alguém já viu? A imprensa já viu essa minuta? Por que não? Quando se falam em estado de sítio, é uma proposta que o presidente pode submeter ao parlamento. O presidente não baixa decreto nenhum, só baixa depois que o parlamento dá sinal verde. O documento precisa ter um cabeçalho, um fechamento e um texto. Eu não posso sonhar em mandar uma minuta sem exposição de motivos, no plural. Cadê a exposição desses motivos? O que prova isso? Por que não se mostra o raio da minuta do golpe?”.
Discursos
“Nosso povo não merece ser sacrificado. Vocês estão aqui porque acreditam que o Brasil vai vencer. Precisamos estar unidos. Não estamos aqui por um valor, estamos aqui por princípios e valores. Precisamos nos posicionar e exigir nossos direitos”, disse a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, durante a manifestação. A ex-primeira dama vem sendo considerada dentro do PL como a principal herdeira da popularidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele permaneça inelegível em 2026.
“Mulheres, sejam sábias e corajosas. Uma mulher sábia edifica sua casa, edifica seu bairro, seu município e Estado. Mas mulheres sábias edificam uma nação, e é essa mensagem que nós queremos passar para vocês. Mulheres femininas fazendo uma política feminina, não feminista. Nós estamos aqui para fazer uma política colaborativa, juntas, mulheres ajudando seus esposos, juntos, na construção de um país melhor”, afirmou.
“Vocês acreditam que o Brasil vai vencer, e dias novos e melhores virão. Estão aqui unidos não pelo homem, por uma mulher, mas pelos princípios, pelo reino de Deus estabelecido na terra. Precisamos nos posicionar como cristãos e exigir nossos direitos”, declarou a ex-primeira-dama.
Em seguida, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) fez parte do discurso em inglês para ‘mandar um recado’ para Elon Musk, dono do X (ex-twitter).
“Olhem para o que está acontecendo no Brasil hoje. O que vocês estão vendo são pessoas que amam a liberada e estão lutando pela democracia”, afirmou. “Nós somos a esperança do mundo”. Nas últimas semanas, o bilionário comprou briga contra o ministro Alexandre de Moraes nas redes sociais. Na avaliação de aliados do ex-presidente, o apoio do empresário Elon Musk e políticos americanos deve fortalecer o ato na praia de Copacabana.
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