É a primeira vez na história que a Polícia Federal pede ao Supremo Tribunal Federal uma apuração que envolve um ministro da própria corte
A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito para investigar o ministro Dias Toffoli, ex-presidente da Corte entre 2018 e 2020.
A suspeita é de que Toffoli recebeu R$ 4 milhões em suborno para favorecer dois prefeitos do estado do Rio de Janeiro em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Toffoli foi ministro do TSE de 2012 a 2016, tendo presidido o tribunal entre maio de 2014 e maio de 2016.
A acusação foi feita pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB), em delação premiada homologada pelo ministro do STF Edson Fachin. Segundo Cabral, os pagamentos envolveriam o escritório da mulher de Toffoli, a advogada Roberta Rangel, e teriam sido realizados e operacionalizados por Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro, entre 2014 e 2015.
O ministro Dias Toffoli afirmou, por meio da assessoria, não ter conhecimento dos fatos mencionados e ministro refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções.
Esta é a primeira vez na história que a Polícia Federal pede ao Supremo Tribunal Federal uma apuração que envolve um ministro da própria corte. Através de sua assessoria, Toffoli afirmou não ter conhecimento dos fatos mencionados e que jamais recebeu os supostos valores ilegais, assim como também jamais atuou para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções.
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