Detalhes de um caso de stalking envolvendo Débora Falabella veio à tona após mais de 10 anos de constrangimento. Uma mulher, hoje com 40 anos, começou a perseguir a atriz depois de entrar no mesmo elevador que a artista e pedir uma foto, no Rio de Janeiro, em 2013. Na época, ela era apenas uma fã.
Dias depois, passou a fantasiar um relacionamento amoroso com Débora, enviando presentes, indo atrás dela em peças e até mesmo na porta de sua casa.
A mulher é moradora de Recife e, em fevereiro deste ano, foi presa preventivamente no local onde mora. No final de março, ela foi submetida a uma perícia psiquiátrica, sendo diagnosticada com esquizofrenia. A stalker de Débora Falabella foi declarada inimputável (incapaz de compreender a ilicitude de seus atos) e teve a prisão preventiva revogada em abril deste ano.
Entenda a cronologia da perseguição a Débora Falabella:
Segundo o g1, tudo começou em 2013, no Rio de Janeiro, quando uma ainda fã entrou no mesmo elevador que a artista e pediu uma foto. Nos dias que seguiram, a mulher enviou diversos presentes ao camarim da atriz, como uma toalha branca, objetos e uma carta com teor íntimo e invasivo.
Em 2015, outra situação aconteceu durante uma peça no Sesc Copacabana. A stalker aguardou num local restrito do teatro e tentou forçar a entrada no camarim de Débora, mas foi retirada à força por seguranças. Na época, a artista chegou a registrar o caso em uma delegacia pelo delito de ameaça, mas não continuou com o processo.
Em 2018, em outro episódio de perseguição, a mulher apareceu na primeira fileira de uma peça que Débora Falabella estava apresentando na cidade de São Paulo. Assim que a atriz entrou em cena, a mulher se levantou e saiu do teatro.
Em 2022, a denunciada criou um grupo no Instagram com Débora e a irmã da atriz e passou a enviar diversas mensagens. Ela chega a dizer que transa com a artista e fala em “loucura telepática”. Em dezembro do mesmo ano, a mulher descobriu o endereço de uma pousada na Bahia em que Débora passava férias e novamente tentou contato com a atriz por intermédio da proprietária do estabelecimento.
Quando voltou a São Paulo, Débora descobriu que havia recebido uma encomenda enviada pela stalker: um livro Romeu e Julieta, acompanhado de uma mensagem: “Para o meu Romeu, com muito amor”.
Depois desse episódio, a Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva em favor de Débora Falabella e proibiu a stalker de manter contato com ela por qualquer meio de comunicação, além de frequentar os mesmos lugares que a atriz, mantendo distância mínima de 500 metros, sob pena de prisão.
Em junho de 2023, o Ministério Público ofereceu denúncia, que foi recebida pela Justiça, o que tornou a suspeita ré pela prática de perseguição contra a atriz. Além disso, o juiz instaurou um incidente de insanidade mental para verificar se a mulher tinha ou não plena ciência dos atos praticados por ela e, consequentemente, se ela poderia cumprir algum tipo de pena em caso de condenação.
No entanto, em setembro de 2023, a suspeita descumpriu as medidas protetivas ao entrar em contato com Débora tanto pelo Instagram quanto pelo WhatsApp. A moça pediu desculpas pelo comportamento ao longo dos anos, além de dizer: “Minha vida não tem mais sentido quando penso que nunca mais vou poder assistir a uma peça sua”.
A defesa de Débora Falabella pediu a prisão preventiva da mulher. O pedido foi acatado pelo Ministério Público e pela Justiça. Após a expedição do mandado, surgiu a informação de que a moça estaria internada em uma clínica psiquiátrica.
Em fevereiro de 2024, a stalker de Débora Falabella foi presa preventivamente em Recife. No final de março, a mulher foi submetida a uma perícia psiquiátrica, sendo diagnosticada com esquizofrenia.
Após a divulgação do laudo pericial que a considerou inimputável (incapaz de compreender a ilicitude de seus atos), a prisão preventiva foi revogada, mas ela ainda deve cumprir todas as medidas cautelares de afastamento da atriz, sob pena de internação provisória.
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