Em uma operação realizada na última quinta-feira (27), a Polícia Civil de Goiás, por meio da 4ª DDP de Goiânia, desmantelou um complexo e bem organizado esquema criminoso de fraudes em financiamentos de veículos. A ação resultou na prisão em flagrante de nove indivíduos, investigados pela participação em atividades ilícitas que incluem crimes de associação criminosa, estelionato e propaganda enganosa. A operação foi desencadeada após intensas investigações que identificaram mais de 70 vítimas do esquema. Na ocasião da prisão em flagrante, a empresa estava em pleno funcionamento, em um prédio no Setor Oeste, firmando contratos com pessoas que acreditavam estar comprando motocicletas. Com apoio do Procon GO, a empresa foi autuada e interditada.
No mesmo dia, uma vítima reportou na delegacia que foi a uma financeira para tentar reaver seu dinheiro (R$ 2.500), mas foi enganada e filmou os fraudadores. Os investigados utilizavam anúncios atrativos em plataformas digitais como o Facebook Marketplace para oferecer veículos a preços extremamente competitivos. As vítimas, atraídas por essas ofertas, eram contatadas por meio do WhatsApp, onde recebiam informações detalhadas sobre as supostas condições vantajosas da oferta para compra ou financiamento.
Os criminosos criavam perfis fake, páginas na internet com catálogos dos veículos inexistentes e operavam falsas centrais de atendimento ao cliente, por meio da qual buscavam enrolar as vítimas até que elas desistissem de reaver o seu dinheiro. Uma vez convencidas, as vítimas eram convidadas a comparecer à sede da empresa, onde eram induzidas a assinar contratos cujo teor era completamente diferente daquilo que lhes era prometido. Os supostos vendedores se utilizavam de nomes falsos e não consignavam seus nomes nos contratos.
As vítimas pagavam valores significativos a título de entrada, acreditando que estavam financiando veículos. No entanto, após o pagamento, os veículos nunca eram entregues. Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu uma vasta quantidade de provas, incluindo roteiros e instruções detalhadas para o cometimento dos crimes. Foram apreendidos até mesmo cadernos em que os estelionatários anotavam se a vítima tinha um potencial de lhes causar algum problema ou não, como, por exemplo, quando procuravam algum advogado.
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