A argelina Imane Khelif avançou nas Olimpíadas de Paris após enfrentar a italiana Angela Carini, que abandonou a luta de 66 kg após 46 segundos no primeiro round nessa quinta-feira, 1º de agosto.
Khelif está sob os holofotes desde que foi desclassificada poucas horas antes da disputa pela medalha de ouro no campeonato mundial de 2023, por não cumprir as regras de elegibilidade da International Boxing Association (IBA) que impedem atletas com cromossomos XY de competir em eventos femininos.
Ela foi considerada elegível, no entanto, para competir em Paris, uma competição organizada pelo Comitê Olímpico Internacional.
Carini foi até seu treinador 30 segundos depois do início da luta para consertar seu capacete, mas depois de retomar o embate brevemente, ela retornou ao seu canto e parou, saindo rapidamente do ringue.
Mais tarde, a italiana explicou que havia decidido não lutar após sentir uma dor intensa no nariz. “Para mim, não é uma derrota. Para mim, quando você sobe nessas cordas, você já é uma guerreira, você já é uma vencedora”, disse Carini.
“Independentemente de tudo, está tudo bem, tudo bem assim. Eu não perdi esta noite… Eu só fiz meu trabalho como lutadora. Entrei no ringue e lutei. Não consegui. Estou saindo com a cabeça erguida e o coração partido.
“Sou uma mulher madura. O ringue é minha vida. Sempre fui muito instintiva. E quando sinto que algo não está certo, não é desistir. É ter maturidade para parar. É ter maturidade para dizer: ‘OK, já chega’.”
Alguns esportes limitaram os níveis de testosterona permitidos para atletas que competem em competições femininas, enquanto outros proíbem todos que já passaram pela puberdade masculina.
Quando perguntado sobre Khelif e Yu-ting, o porta-voz do COI Mark Adams disse: “Eu diria apenas que todas as que competem na categoria feminina estão cumprindo as regras de elegibilidade da competição. Elas são mulheres em seus passaportes.”
A argelina ainda não conhece sabe quem será a sua adversária nas quartas de final.
Fonte: O Antagonista
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