A nada tradicional família de Will Smith

Quem vê apenas a foto da família do astro Will Smith pode acreditar que ela saiu diretamente de uma propaganda de margarina: um casamento tradicional e filhos felizes. Mas poucas pessoas em Hollywood representam tão bem o surgimento de uma nova organização familiar quanto eles. Will e sua esposa Jada Pinkett Smith são casados há 23 anos e pais de Jaden, de 23, e Willow, de 20. Smith também é pai de Trey, de 28, fruto de seu primeiro casamento, com Sheree Zampino. Ontem (28), durante a premiação do Oscar, Will Smith voltou aos holofotes depois de ganhar o Oscar de melhor ator por seu papel em King Richards. Mas o que chamou mais atenção, no entanto, foi o tapa que o ator deu no rosto do apresentador Chris Rock, que havia feito uma piada sobre a cabeça raspada de Jada, a esposa de Will, que sofre de uma doença autoimune, a alopecia.

A vida particular de Will Smith, no entanto, não é nem um pouco tradicional. O astro revelou recentemente em uma entrevista que vive um relacionamento não-monogâmico – ou seja, aberto. “Na maior parte do nosso relacionamento, a monogamia foi o que escolhemos, mesmo não pensando na monogamia como a forma de relacionamento mais perfeita. Houve discussões intermináveis e significativas sobre o que é perfeito em uma relação”, disse Will. A declaração repercutiu pelo mundo, mas assumir publicamente o relacionamento aberto foi uma consequência de anos de conversas entre eles. Jada, por exemplo, já havia revelado alguns anos atrás o envolvimento com o rapper August Alsina, durante o casamento com Will. Ansina, por sua vez, afirmou que Smith teria, inclusive, dado as suas bênçãos ao caso extraconjugal. Atualmente, o casal não diz estar “casado”. Segundo eles, o que vivem é uma parceria que transcende o casamento.

A experiência liberal dos pais refletiu diretamente na criação dos filhos. Jaden Smith tentou, ainda na infância, a carreira como ator em filmes como Em Busca da Felicidade (2006) e Karate Kid (2010) e também como cantor de rap. Mas foi como modelo que ganhou notoriedade. Considerado um ícone de estilo entre os mais jovens, ele foi um dos primeiros famosos a se assumir como uma pessoa não-binária. Em 2016, desfilou com roupas femininas para a Louis Vuitton.

Assim como o irmão, a caçula Willow também apostou nos cinemas com a bênção do pai. Ela atuou em Eu Sou a Lenda (2007) e fez algumas dublagens para animações da Dreamworks. Com cinco álbuns lançados, agora está se tornando uma das principais representantes do pop punk, que resgata o ritmo musical que fez sucesso nos anos 2000. Em suas letras, ela canta sobre temas urgentes, como feminismo, racismo e saúde mental.

Fonte: VEJA