ABRAVA emite nota criticando a PEC dos Combustíveis e PPI da Petrobras

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CONDUTORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES – ABRAVA, representada por seu Presidente Wallace Landim (Chorão), divulgou um documento no qual se manifesta sobre a PEC dos combustíveis, bem como sobre a política da Petrobras de paridade com o mercado internacional, também conhecida como PPI.  A ABRAVA entende que os brasileiros não podem mais continuar pagando um preço altíssimo pelos combustíveis como se não fóssemos um grande autosuficiente produtor de petróleo.

Confira a nota e as explicações da ABRAVA sobre a PEC e a PPI e os preços dos combustíveis no Brasil!

NOTA

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CONDUTORES DE VEÍCULOS AUTOMOTORES – ABRAVA, representada por seu Presidente Wallace Landim (Chorão), vem, por meio desta, se manifestar sobre a PEC dos combustíveis, bem como sobre a política da Petrobras de paridade com o mercado internacional, também conhecida como PPI.

Como é sabido de todos os brasileiros os aumentos constantes dos combustíveis no Brasil afeta toda a população. Essa tragédia na economia nacional encarece o transporte de carga e quem paga o preço é cada cidadão, afinal isso significa aumento nos produtos nos supermercados, nas farmácias etc.

Com a intenção de minimizar o que cada um de nós cidadãos brasileiros pagamos pelos combustíveis, temos hoje em tramitação no congresso a Proposta de Emenda à Constituição – PEC que tem como objetivo reduzir esse custo.

A grosso modo, a ideia seria mexer no ICMS que hoje é taxado de vilão nos preços praticados nas bombas. Ou seja, temos aqui uma terceirização de culpa. Mas será que realmente essa culpa é só dos impostos? Cremos que não! Temos também a política de paridade com o mercado internacional – PPI, praticada pela Petrobras desde outubro de 20161 que na prática com a alta do dólar só alteram os valores para cima, conforme foi explicado pela ex-diretorageral da Agência Nacional do Petróleo – ANP Magda Chambriard2 .

Hoje graças a política do PPI temos duas questões importantes, o preço do barril internacional que está próximo ao US$ 120,003 (cento e vinte dólares) mais o valor do dólar que como todos sabemos passa de cinco reais. Temos na prática o preço do nosso combustível, e pasmem, somos autossuficientes4 em petróleo a mais de quinze anos (isso significa que a nossa produção supera o nosso consumo) cobrado de cada brasileiro baseado em mercado internacional e preço do dólar.

É justo que cada um de nós pague pelo combustível como se não fossemos produtores? Pagamos de acordo com o mercado nacional e não de acordo com a nossa economia graças ao PPI. Se levarmos em consideração que a Petrobras teve um salto em seu lucro líquido5 de 1400%6 que corresponde a R$ 106,7 bilhões, fica muito claro quem é que lucra com isso, e não são os brasileiros. É aquilo que a Petrobras ganhou, após todos os descontos obrigatórios e os custos com a produção.

Não somos contra que a Petrobras tenha lucros, somos contra a política de PPI estrangular cada brasileiro em detrimento a acionistas. E o fim da política de preço do PPI pode sim, diminuir o valor que cada um de nós pagamos pelo combustível. A diminuição dos impostos aos nossos olhos irá apenas tapar o sol com a peneira, precisamos que o PPI para o combustível nacional seja retirado! E isso, só quem pode fazer é o Presidente da República! A questão da política do PPI atinge em cheio aos caminhoneiros, mas ela sangra em cada brasileiro que paga pela alta do alimento em sua mesa diariamente. Aguardamos o posicionamento do Governo Federal para que definitivamente resolva a questão revendo a política de PPI da Petrobras.

Brasília, 04 de março de 2021.

Walalace Landin (Chorão)