AFP – O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, afirmou, nesta quarta-feira (20), que seu país não fornecerá mais armas para a Ucrânia, após o governo convocar “com urgência” o embaixador ucraniano para protestar contra as declarações do presidente Volodmir Zelensky na ONU.
Na terça-feira, o chefe de estado ucraniano disse que “alguns países fingem solidariedade [para com a Ucrânia], mas apoiam indiretamente a Rússia”.
“Não estamos fornecendo nenhum armamento para a Ucrânia, pois agora estamos armando a Polônia com as armas mais modernas”, respondeu Morawiecki a uma pergunta de um jornalista sobre se a Polônia apoiaria a Ucrânia militar e humanitariamente apesar do conflito relacionado aos cereais.
O primeiro-ministro não revelou em que momento a Polônia, uma dos principais fornecedoras de armas da Ucrânia, deixou de fornecê-las, nem se isso estaria vinculado ao conflito sobre os cereais ou às falas de Zelensky na ONU.
“Estamos concentrados principalmente na modernização e no armamento rápido do Exército polonês, para que se torne um dos exércitos terrestres mais potentes da Europa em um prazo muito curto”, explicou.
Ele também disse que o centro militar localizado na cidade de Rzeszow (sudeste), por onde passa o material ocidental com destino à Ucrânia, está funcionando normalmente.
Antes do anúncio, a Polônia havia convocado “com urgência” o embaixador da Ucrânia para protestar contra as declarações de Zelensky na ONU.
O vice-ministro polonês das Relações Exteriores, que recebeu o diplomata ucraniano, denunciou uma “tese falsa (…) e particularmente injustificável em relação à Polônia, que tem apoiado a Ucrânia desde os primeiros dias da guerra”, segundo o comunicado do ministério.
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