Embora não tenha batido um desejado recorde, o veículo aéreo não tripulado (UAV) movido a energia solar e desenvolvido pela Airbus Defense e pelo Exército dos EUA, batizado de Zephyr, fez história ao permanecer por 64 dias em voo estratosférico. Para a fabricante da aeronave, o teste foi bem sucedido, na medida em que permitiu realizar uma série de experimentos ligados à resistência em voo.
O Zephyr estava no ar desde 15 de junho e caiu em 19 de agosto, em circunstâncias ainda não detalhadas pela Airbus ou pelo exército americano.
E foi por bem pouco que o equipamento não quebrou um recorde histórico de resistência em voo, o qual data de 1958, quando dois pilotos de um Cessna 172 passaram pouco menos de 65 dias voando continuamente perto de Las Vegas, reabastecendo através de uma mangueira conectada a um caminhão em movimento no solo.
O Zephyr
Conhecido como um pseudo-satélite de alta altitude (HAPS), a plataforma da Airbus estava voando sobre o local de testes militares Yuma Proving Ground, no Arizona. O motivo dos testes deve-se a uma busca do exército por desenvolver o que descreve como “capacidades estratosféricas de resistência ultralonga”, embora os detalhes dessa iniciativa ainda permaneçam em sigilo.
A Airbus, por sua vez, vê muitas outras aplicações militares e comerciais para o Zephyr, inclusive para realizar vigilância e monitoramento persistentes, reconhecimento, proteção de comboios, interceptação de sinais, monitoramento de colheitas e gerenciamento de incêndios florestais, entre outros.
As asas da aeronave ultraleve têm 25 m de envergadura e contam com painéis solares, usados para alimentar as duas hélices montadas na traseira do Zephyr. A aeronave pesava menos de 75 kg. Os sistemas do Zephyr armazenavam energia solar suficiente durante o dia para alimentar a aeronave à noite.
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