Campanha acontece no mês de agosto sob coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social. Foco é dar visibilidade ao problema, conscientizar sobre legislação e mobilizar população de Trindade para denunciar casos de violência. Marco no lançamento foi com palestra e oficina nesta quinta-feira, mas campanha também vai para as redes sociais da prefeitura
A Prefeitura de Trindade lançou esta semana a campanha Agosto Lilás, para o enfrentamento da violência contra a mulher. O marco foi uma palestra que abordou a Lei Maria da Penha (Lei Federal 11.340/2006) e uma oficina, ambas realizadas nesta quinta-feira (04/08) no Cras Pai Eterno.
A campanha estará presente também nas redes sociais da Prefeitura com várias sensibilizações a respeito do tema. Na oficina, as participantes aprenderam a fazer a bonequinha negra de pano chamada Abayomi. Ela é considerada um símbolo de resistência. O significado do nome é “aquele que traz felicidade ou alegria”, de origem ancestral africana (iorubá).
As iniciativas são da Secretaria Municipal de Assistência Social para dar visibilidade à violência contra as mulheres, além de conscientizar e mobilizar a comunidade trindadense para denunciar os casos na Central de Atendimento à Mulher pelo fone 180, na Polícia Militar no 190, ou na Polícia Civil pelo 197.
Ariane Leite, diretora do Cras, reforça que as ações do Agosto Lilás “são para dar voz a esta problemática que extrapola a violência doméstica (registrada dentro de casa), na medida em que a violência contra uma mulher pode ocorrer em todos os âmbitos onde ela estiver”.
Ou seja, se aplica a uma mulher, com ou sem grau de parentesco com o agressor, inclusive em um local de trabalho ou na rua.
Por isso, salienta ela, os Cras são abertos às mulheres como espaço de fala, de troca de experiências e para ensinamentos, como os que abordam a Lei Maria da Penha, única lei focada exclusivamente na parcela feminina da sociedade.
O Agosto Lilás vai focar nos conceitos e direitos estabelecidos pela Lei Maria da Penha. Um dos principais, que tem se tornado cada vez mais necessário, é o da medida protetiva de urgência. Ela é um mecanismo para coibir e prevenir a violência contra a mulher.
As violências punidas com base na Lei Maria da Penha podem ser de 5 tipos. As físicas, com ferimentos, por exemplo; podem ser psicológicas, como ameaças, constrangimento e humilhação, entre outros; violência sexual, como o estupro, impedir de usar o anticoncepcional ou forçar aborto; violência patrimonial, como o controle do dinheiro da vítima e deixar de pagar a pensão alimentícia, etc; e a violência moral, como acusações infundadas, exposição da vida íntima, entre outras.
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