O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e irá investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento nos atos de vandalismo em Brasília (DF) no último dia 8.
Na ocasião, o pedido não partiu de Augusto Aras nem de Lindôra Araújo, mas foi assinado por Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República. Com isso, o representante ministerial deseja saber se o ex-mandatário cometeu incitação pública de crime e se agiu como “autor intelectual” do episódio.
A motivação foi o fato de Bolsonaro ter compartilhado no Facebook um vídeo que sugere que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi manipulada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A postagem foi excluída horas após sua veiculação.
Na decisão, Moraes também determinou que o Facebook preservasse o vídeo, inclusive as informações pertinentes à postagem, como data, horário, IP, etc., “para melhor aferir sua autoria, e, por fim, informações sobre seu alcance [número de visualizações, número de compartilhamentos e número de comentários], antes de ser apagado”.
O magistrado escreveu ainda que o interrogatório de Bolsonaro deve ocorrer em um outro momento.
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