Moraes também expediu ordem de restrição contra os investigados, que deverão manter distância mínima de 1 km da Esplanada dos Ministérios, dos ministros do Supremo e dos senadores – com exceção de Otoni, por ser parlamentar.
A Polícia Federal cumpriu hoje mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao cantor Sérgio Reis e ao deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ). As medidas foram determinadas por Alexandre de Mores a pedido de Lindôra Araújo.
Segundo a PF, o objetivo é apurar “eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.
Ao todo, estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, inclusive no gabinete do deputado, em Brasília; em sua residência no Rio (RJ), e também na casa de Sérgio Reis, em Mairiporã (SP), e endereços relacionados a outros alvos em Santa Catarina, Mato Grosso, Ceará e Paraná.
Sérgio Reis entrou na mira do Supremo depois que gravou áudio convocando uma paralisação de caminhoneiros, com bloqueio de estradas e invasão do Senado, para pressionar pela deposição dos 11 ministros do STF.
O deputado bolsonarista, investigado desde o ano passado por ataques e ofensas a ministros do Supremo, foi ao Twitter defender a realização de protestos no dia 7 de setembro com “pauta única”.
“Temos que forçar o Senado Federal a abrir processo de impeachment contra Moraes e Barroso. Ou eles abrem o impeachment ou paramos o país por tempo indeterminado. Não é mais por Bolsonaro é pela nossa liberdade.”
Além do cantor e do deputado federal, são alvos das medidas o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes (“Zé Trovão”), o presidente da Aprosoja, Antonio Galvan; e os bolsonaristas Eduardo Oliveira Araújo, Wellington Macedo de Souza, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm.
Segundo informou Lindôra, os investigados “têm convocado a população, através de redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos de protesto às vésperas do feriado de 7/9/2021, durante uma suposta manifestação e greve de ‘caminhoneiros’”.
“O quadro probatório demonstra a atuação dos investigados na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições e, na conclusão da Procuradoria Geral da República, seria mais do que suficiente para caracterizar causa provável a justificar as medidas cautelares pleiteadas; destacando que o caso: ‘Não trata de mera retórica política de militante partidário, mas, sim, de atos materiais em curso conforme acima descrito, que podem atentar contra a Democracia e o regular funcionamento de suas Instituições’.”
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