Em resposta a uma onda de ataques violentos contra judeus em Amsterdã, líderes comunitários europeus exigem que autoridades nacionais e europeias tomem medidas para combater o aumento do antissemitismo no continente. As agressões ocorreram nesta quinta-feira, 7, após uma partida de futebol, resultando em mais de dez feridos e desaparecimentos.
Entre os líderes que se manifestaram estão o chefe rabino da Holanda, Binyomin Jacobs, a presidente das Comunidades Judaicas Holandesas IPOR, Ellen Van Praagh, e o presidente da Associação Judaica Europeia, rabino Menachem Margolin.
Em comunicado conjunto, eles declararam: “Estamos chocados, mas não surpresos com as cenas nojentas que presenciamos na capital holandesa. Isso não foi vandalismo comum, foi antissemitismo em sua forma mais pura”, afirmaram.
Segundo os líderes, a presença massiva de policiais e agentes de segurança na cidade já indicava a expectativa de possíveis distúrbios, mas o que ocorreu, de acordo com o comunicado, foi um ataque premeditado contra judeus, com grupos mascarados abordando pessoas nas ruas para perguntar se eram judias, agredindo-as e até as atirando nos canais da cidade. “Este é o cenário da Europa em 2024”, acrescentaram.
Embora tenham reconhecido a solidariedade expressa pelo governo holandês após os ataques, os líderes destacaram a necessidade de uma postura mais firme e imediata. “Chamamos esse ódio de um câncer, que requer uma cirurgia imediata. Não é um incidente isolado, mas parte de uma onda crescente de ódio contra judeus que se intensificou desde o dia 7 de outubro”, concluíram.
A situação reforça uma realidade preocupante para os judeus no continente, que relatam episódios diários de hostilidade, em sua maioria ignorados pelo poder público. O comunicado exige ação concreta e urgente de governos para garantir a segurança da comunidade judaica na Europa.
Fonte: O Antagonista
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