Após execução em Guarulhos, Tarcísio defende classificar crime organizado como terrorismo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou ontem (11), que o combate ao crime organizado no Brasil exige o endurecimento da legislação, equiparando facções criminosas a organizações terroristas. Ele também mencionou o aumento das penas para integrantes dessas facções e a ampliação do efetivo policial como medidas para enfrentar o crime organizado. “É essencial enfrentar as organizações criminosas e facções de forma mais robusta na legislação”, disse. “É necessário endurecer as penas e aumentar o risco para o criminoso. Precisamos enquadrar o crime organizado e as facções criminosas de forma semelhante a organizações terroristas. Determinados benefícios não podem estar disponíveis para membros de facções”, completou o governador. Tarcísio falou por cerca de uma hora a investidores em um evento promovido pelo banco suíço UBS, na zona oeste da capital paulista.

Execução em Guarulhos

A polícia encontrou material genético no carro abandonado pelos suspeitos de terem executado o empresário Antônio Vinícius Gritzbach no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na última sexta-feira (8). Além disso, havia objetos que indicam a possibilidade de que os criminosos planejavam incendiar o veículo. O objetivo da perícia é buscar por digitais ou qualquer vestígio que possam ajudar na identificação dos criminosos. Próximo ao local do veículo, foi encontrada uma bolsa com três fuzis e uma pistola, apreendidos na noite de sábado (9), que também estão em análise. Antônio Vinícius Gritzbach sofreu ameaças de morte por ter sido acusado de ser o mandante da morte de um narcotraficante ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e também por ter delatado ao Ministério Público de São Paulo policiais civis envolvidos em casos de corrupção.

Além do empresário, também morreu o motorista de aplicativo Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos. Ele foi atingido por um tiro de fuzil nas costas. Celso Araujo estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Guarulhos, falecendo um dia depois. Segundo um colega próximo à vítima, Celso havia acabado de finalizar uma corrida no aeroporto e deixava o terminal, quando foi atingido. Ele deixa esposa e três filhos.