Um vídeo divulgado por rebeldes que tomaram o poder na Síria mostra a quantidade absurda de carros de luxo da garagem do ditador Bashar al-Assad. Segundo o arquivo divulgado na internet, são mais de 40 veículos de luxo, encontrados em uma garagem em Damasco. Assad faz parte da família que governou a Síria nos últimos 50 anos. O domínio do país o ajudou a acumular uma fortuna de aproximadamente US$ 2 bilhões, enquanto 70% da população do país vive abaixo da linha da pobreza.
O dinheiro possibilitou montar uma garagem em que há modelos das principais marcas de luxo do mundo: BMW, Toyota, Lexus, Jeep, Land Rover, Mercedes-Benz, Audi, Aston Martin, Cadillac, Lamborghini, Bentley, Rolls-Royce e Ferrari.
Ferrari F50: R$ 18 milhões
Ferrari F50 — Foto: Imagem: internet
Dentre todos os carros que se tem notícia, o mais raro (e caro) veículo de Assad é uma Ferrari F50. Apenas 349 unidades desse modelo foram fabricadas no mundo, entre 1995 e 1997. A exclusividade é tamanha que se mostra no altíssimo preço, estimado em R$ 18 milhões.
O motor fica localizado na parte traseira e a tração é jogada nas rodas de trás. O propulsor é V12 4.7 que entrega 512 cv — é praticamente um Fórmula 1 com dois assentos. Um extra para quem gosta de esportividade: o câmbio é manual de seis velocidades, como deve ser.
A F50 acelera de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 324 km/h.
Sírios comemoram a queda de Assad na capital Damasco
Combatentes e civis sírios expressaram sua alegria na Praça dos Omíadas, no centro de Damasco, onde se reuniram ontem (9/12) para celebrar a queda do presidente Bashar al-Assad depois que os rebeldes suspenderam o toque de recolher noturno.
O presidente deposto fugiu de Damasco para Moscou (Rússia) no domingo, expulso por uma ofensiva relâmpago dos rebeldes islamitas, que representou um ponto de mudança na história deste país governado por 50 anos pelo clã Assad.
Muitos combatentes rebeldes se reuniram na Praça dos Omíadas, onde vários civis se uniram às celebrações pela queda de Bashar al-Assad a bordo de seus veículos.”É indescritível, não pensávamos que este pesadelo iria terminar, estamos renascendo”, afirmou Rim Ramadan, de 49 anos, uma funcionária do Ministério das Finanças.
“Estávamos há 55 anos com medo de falar, até mesmo em casa, dizíamos que as paredes tinham ouvidos. Você sente como se estivesse vivendo um sonho”, acrescentou à reportagem, em meio ao som de buzinas e tiros para o alto.
Da praça era possível observar uma coluna de fumaça em um bairro vizinho, onde ficam os edifícios dos serviços de segurança, que foram incendiados no domingo. A cidade teve um toque de recolher da noite de domingo até 5h (23h de Brasília, domingo).
No dia 27 de novembro, uma coalizão de rebeldes liderada pelo grupo islamista radical Hayat Tahrir al Sham (HTS), de Abu Mohammad al-Jolani, iniciou uma ofensiva a partir de seu reduto em Idlib, no noroeste do país.
Em 10 dias, diante do colapso das forças governamentais, os rebeldes conquistaram territórios e tomaram o controle das cidades de Aleppo (norte), Hama (centro), Daraa (sul) e Homs, antes de entrar na capital Damasco.
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