Após meses sem novidades da negociação entre Azul e LATAM, o assunto voltou a ser falado pela Azul, que ainda não desistiu do negócio.
A última vez que uma notícia acerca do negócio veio à tona foi no final de maio, quando a Azul fazia um approach aos lessores e credores da LATAM, tentando convencer que o negócio seria o melhor para eles.
Os lessores são os donos dos aviões, que os arrendam (alugam) para as companhias aéreas. Segundo levantamento do AEROIN, a LATAM é a empresa que possui a menor frota arrendada do país, mas ainda assim a maioria de suas aeronaves são alugadas, seguindo a tendência global.
Desde então não se falou mais no assunto da compra ou fusão, até porque a LATAM vinha negando o interesse no negócio, e inclusive investiu contra a Azul com a abertura de várias rotas onde a concorrente opera.
Mas apesar do “esfriamento” do tema, a Azul não desistiu, segundo afirmou o seu CEO, John Rodgerson, durante a apresentação de resultados do segundo trimestre de 2021, quando apontou boas perspectivas para a continuidade da recuperação do setor.
John foi questionado sobre o assunto por Dan McKenzie, analista da Seaport Global, um renomado banco de investimento e análise financeira que atua também como consultoria.
“Na posição financeira de hoje, como vocês estão pensando em usar (o dinheiro) para o futuro? E o que vocês podem falar com a conversa de vocês com a LATAM neste ponto? E se vocês chegarem numa posição mútua para um acordo, o dinheiro é suficiente para realizar essa fusão em potencial? Ou o que vocês estão pensando sobre o perfil de capital relativo aos planos de crescimento, relativos à potencial consolidação?”, perguntou o analista.
Já a questão específica das negociações da LATAM foi respondida por John, que não deu detalhes específicos, mas confirmou o interesse ainda existente no negócio:
“Eu posso dizer que acreditamos fortemente que a consolidação é saudável, seja ela comercial ou integração completa e consolidação do mercado. A LATAM tem o seu próprio processo ocorrendo (Recuperação Judicial / Chapter 11) que tem um Período de Exclusividade (que não permite vendas ou compras) enquanto falamos, mas eu estou bastante confiante que é o melhor interesse dos acionistas e especialmente dos credores, porque a sinergia da consolidação doméstica no Brasil é muito grande e vai beneficiar a todos. Irá beneficiar pilotos, fornecedores, aeroportos, toda a indústria, incluindo as fabricantes de aviões e componentes. Então, sim, não desistimos ainda, ainda estamos em cima disso e animados com as oportunidades que existem. E acreditamos que temos um clima regulatório favorável para fazer isso”, afirmou o CEO.
Alex complementou afirmando que dinheiro não é problema. “Como o John disse, existe uma sinergia, muito valor de mercado criado em qualquer transação, seja comercial ou estratégica, é algo facilmente financiável. Então o dinheiro necessário para que qualquer uma destas transações se materialize não será um problema”.
Por fim John finalizou afirmando que “recebemos várias ligações de alguns dos maiores fundos do mundo querendo financiar esta transação”, mas que não existe nenhuma novidade por enquanto, e que o mercado será atualizado na hora apropriada.
Fonte: aeroin
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