Restaurantes, bares, barraquinhas de drinks ou os famosos isopores, durante a folia do carnaval existem diversas opções para comprar bebidas. Entretanto, é recomendado ficar atento para evitar o consumo de produtos que tenham sido alterados ou totalmente falsificados.
Uma bebida falsificada, segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, é comumente adulterada com metanol, um tipo de álcool utilizado também na adulteração de combustíveis, para aumentar o volume de líquido, consequentemente aumentando o lucro com a venda.
Apesar de ser uma prática comum, o toxicologista Alvaro Pulchinelli, diretor técnico na toxicologia forense do Grupo Fleury, afirma que, apesar do efeito inicial do consumo ser parecido com o que é causado por rótulos originais, as substâncias usadas para alterar a composição de bebidas podem causar danos a diversos sistemas que compõem o organismo.
— Imediatamente após o consumo, os efeitos da ingestão de produtos falsos são extremamente parecidos com aqueles causados por uma embriaguez comum como o comprometimento da coordenação motora e da fala, além do sabor da bebida permanecer inalterado, já que esses aditivos não tem gosto — afirma Pulchinelli.
— O problema é que os compostos químicos que são normalmente usados nesse processo de falsificação, que são o metanol e o etilenoglicol, podem levar a infecções seríssimas e a quadros como o de uma gastroenterite, que causa vômito e náuseas, uma acidose metabólica, que é quando uma quantidade grande de ácidos entra na corrente sanguínea e chega até mesmo a mudar o pH do sangue, ou o de uma insuficiência renal, já que essas substâncias sobrecarregam os rins — comenta.
Fonte: O Globo
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