O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, disse ontem (19), que “será um desastre para a Rússia” se finalmente decidir invadir a Ucrânia e reiterou suas ameaças de fortes sanções econômicas. “[Putin] nunca viu sanções como as que prometi que serão impostas se ele se mover” para a Ucrânia, declarou o presidente americano em entrevista coletiva por ocasião do primeiro aniversário de sua chegada ao poder, que será comemorado hoje (20).
Biden ainda alertou que Moscou será responsabilizada, embora tenha esclarecido que as medidas que os EUA e seus parceiros adotarem dependerão do tipo de intervenção militar que a Rússia escolher realizar. “Uma coisa é se for uma pequena incursão e acabarmos discutindo [na Otan] sobre o que fazer e o que não fazer, mas se fizerem o que são capazes de fazer, com uma força massiva na fronteira, será um desastre para a Rússia”, advertiu. Ele ainda disse que os EUA e seus aliados estão preparados para “impor um custo severo e danos significativos” à Rússia e sua economia. “Se invadirem, vão pagar, seus bancos não vão poder fazer transações em dólares”, exemplificou.
Sabendo que sanções como essas que sugeriu, relacionada a transações em dólares, terá impacto não só na Rússia, mas também nas economias dos próprios EUA e também nas da Europa, Biden ainda completou: “Então, vou garantir que todos estejam na mesma página à medida que avançamos”. Ainda sobre o caso da Ucrânia, Biden afirmou que Washington vai ajudar a “fortificar” seus aliados da Otan no Leste Europeu: “Já enviamos cerca de US$ 600 milhões em sofisticados equipamentos de defesa aos ucranianos”. Apesar das duras ameaças, Biden considera que ainda há espaço para negociações com o presidente russo, Vladmir Putin, que pede garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da Otan e que não haverá “estação de armas estratégicas” da Aliança Atlântica na Ucrânia.
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