United Airlines Boeing 777-200 (N787UA, built 1996) emit a shower of sparks shortly after getting airborne on runway 22L at Newark-Intl AP (KEWR). Flight #UA149 to Sao Paulo entered a holding pattern about 70 NM southwest of New York and returned to land safely. @aeroxplorer pic.twitter.com/99sZaSqeJd
— JACDEC (@JacdecNew) September 22, 2022
Nessa noite de quarta para quinta-feira, 21 e 22 de setembro, um incidente com um Boeing 777 que decolou rumo ao Brasil chamou atenção na região de Newark, nos Estados Unidos, ao resultar em pedaços de peças caindo incandescentes do céu.
Conforme o vídeo acima, captado próximo ao aeroporto de partida por uma testemunha, o jato é visto terminando de recolher seu trem de pouso e muitas fagulhas sendo emitidas. Na sequência, pedaços incandescentes são vistos caindo sobre a cidade.
O avião visto na gravação acima é o Boeing 777-200 registrado sob a matrícula N787UA, operado pela United Airlines, quando partia no voo UA-149 de Newark para o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Embora o modelo de avião seja o mesmo que causou um grande problema recente à própria United, ao ter sofrido uma falha que deixou toda a frota que usa motores PW4000 fora de operação por meses, neste caso se nota que as fagulhas e peças emitidas não são do motor, mas sim da fuselagem, portanto, não há relação com o caso prévio dos motores.
Por sinal, no início do vídeo, quando o trem de pouso está sendo recolhido, nota-se que há material incandescente dentro do compartimento do trem, portanto, a falha parece ter sido em algum componente ou sistema alocado nessa região.
Conforme o histórico da plataforma RadarBox de rastreamento online, após o incidente os pilotos levaram o Boeing 777-200 da United para longe do litoral e o mantiveram em órbitas (trajetórias circulares de espera) a 24 mil pés (7.300 metros) de altitude por cerca de 50 minutos.
Esse procedimento está geralmente relacionado à necessidade de gasto de parte do combustível, para redução do peso, já que os aviões muitas vezes partem mais pesados (especialmente em voos longos) do que o peso máximo permitido para o pouso.
No caso de uma necessidade de retorno emergencial imediato, o pouso pode ser feito acima do peso máximo, porém, poderá resultar em danos a estruturas do avião. Assim, quando o problema não oferece um risco que necessite de pouso imediato, a opção é pelo consumo de parte do combustível para redução do peso.
Há aviões que possuem sistema para alijar (despejar no ar) o combustível, agilizando esse processo de redução de peso, enquanto outros não o possuem, necessitando do consumo do combustível pelos próprios motores.
Após o tempo de espera, o Boeing 777 foi levado de volta ao aeroporto de Newark e o pouso foi completado com segurança.
Até a publicação desta matéria, ainda não havia detalhes sobre o problema apresentado pela aeronave. O AEROIN trará atualizações conforme mais informações se façam conhecidas.
Coincidentemente, no início desta semana a United havia temporariamente removido de operação 25 de seus Boeings 777-200 devido a um problema de inspeção nas pontas das asas, porém, como se observa, também não há relação com o local do incidente dessa quinta-feira.
Fonte: Aeroin
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