Bronquiolite: Ministério da Saúde incorpora vacina contra VSR no SUS

O Ministério da Saúde informou na segunda-feira (17) que vai incorporar duas novas tecnologias para prevenir complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no SUS: a vacina Abrysvo, da Pfizer, e o anticorpo monoclonal Beyfortus, da Sanofi.

Dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), o VSR é responsável por cerca de 80% de todos os casos de bronquiolite, principalmente entre os menores de 2 anos, e até 60% das pneumonias em crianças. Nessa faixa etária, a mortalidade em decorrência da infecção é maior.

A bronquiolite é uma síndrome respiratória que acomete as vias aéreas. A doença dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. O vírus se multiplica nas células do aparelho respiratório superior.

“As crianças brasileiras, com ou sem convênio, muito em breve poderão dispor de uma proteção contra o vírus sincicial respiratório, que é a principal causa de hospitalização no primeiro ano de vida”, comemora Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Até então, a principal opção disponível para a prevenção do VSR no SUS era o palivizumabe, destinado a bebês prematuros extremos (com até 28 semanas de gestação) e crianças com até dois anos de idade que apresentassem doença pulmonar crônica ou cardiopatia congênita grave.

Com a incorporação do nirsevimabe, a expectativa é ampliar a proteção para 300 mil crianças a mais do que o protocolo atual. Já a vacina para gestantes tem potencial para beneficiar cerca de 2 milhões de nascidos vivos.