Uma máscara esculpida da África Central do século 19 foi leiloada na França em 2021 por 4,2 milhões de euros, o equivalente a R$ 22 milhões. O objeto havia sido vendido seis meses antes do leilão por um casal de idosos – que não sabia que o objeto era tão valioso – por R$ 130 euros (cerca de R$ 700, na cotação atual).
Os aposentados, uma mulher de 81 anos e o seu marido de 88 anos, encontraram a máscara africana em casa de veraneio deles na cidade de Alès. A peça de madeira, extremamente rara e de linhas limpas, pertencia a uma sociedade secreta do povo Fang do Gabão.
O objeto foi trazido do Gabão pelo avô do marido, que havia sido governador colonial na África no início do século XX. Depois de saber do ocorrido por meio de um jornal, ainda no mesmo ano, o casal abriu uma ação contra o comprador, que eles acreditam tê-los enganado.
Após vários movimentos legais e contra-ataques, um tribunal de recurso na França determinou, em 28 de junho deste ano, que o caso contra o revendedor “parece ser bem fundamentado em princípio” e congelou o produto da venda enquanto o caso continua.
A discussão gira em torno da suspeita de que o negociante sabia do verdadeiro valor do objeto quando o comprou. O advogado do casal acredita que é possível cancelar a venda devido ao erro de acreditar que a máscara “não tinha valor”, informou o jornal francês Le Monde.
Segundo a rede britânica BBC, um especialista disse à mídia francesa que existem apenas cerca de dez máscaras como essa feitas por mestres do povo fang, e que a peça seria mais rara do que uma pintura de Leonardo da Vinci.
Fonte: Portal Terra
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