O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, fez declarações ao fim de uma visita à capital do Afeganistão. Em Cabul, Tedros Ghebreyesus revelou que teve encontros com líderes do Talibã, trabalhadores de saúde, pacientes e funcionários da OMS. Segundo Tedros, o sistema de saúde afegão “está à beira do colapso” e sem ação urgente, o “país enfrenta uma iminente catástrofe humanitária”. O chefe da OMS explicou que a visita ao Afeganistão serviu para ver de perto quais as principais necessidades da população e definir maneiras de aumentar, com urgência, a resposta ao sistema de saúde.
O maior projeto de saúde do país, Sehetmandi, está funcionando com apenas 17% da capacidade. Tedros Ghebreyesus afirmou que já há impactos negativos nos esforços para combater a pólio, tratar de pacientes em situação de emergência ou com Covid-19.
A situação é tão grave que o chefe da OMS afirmou que muitos profissionais de saúde do Afeganistão acabam tendo que tomar a difícil decisão sobre salvar pacientes ou deixar morrer.
O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, está liberando US$ 45 milhões para o setor de saúde do Afeganistão. O anúncio foi feito esta quarta-feira (22). Segundo Griffiths, a verba será utilizada para a compra de medicamentos, equipamentos médicos e para combustível, que está em falta no país. Ele lamentou ainda o fato de muitos trabalhadores do setor estarem sem receber salários.
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